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- A surfista está atenta à explosão do turismo na Nazaré e deixa um alerta, porque deseja que a vila não perca a alma especial que possui.
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Corria o ano de 2013 quando uma super sessão de ondas gigantes na Nazaré ganhou honras de telejornal, devido a um acidente que quase roubou a vida à big rider brasileira Maya Gabeira. Cerca de 5 anos depois do susto e de todo um processo de recuperação, Maya é agora recordista mundial do Guinness, com uma onda surfada ali mesmo, na Praia do Norte. Um local que quase a matou, mas que adotou como casa.
Durante os últimos meses, com o foco do surf mundial apontado para o Havai, Maya tem andado pela Nazaré, onde aluga um apartamento nos meses de inverno – no verão vive na casa que possui na Ericeira. Portugal é já a “casa” da famosa surfista brasileira, que se apaixonou pelo nosso país e nunca mais quis sair.
“Já morei no Havai e em Los Angeles durante muitos anos, mas agora Portugal é a minha casa”, confidenciou Maya, de 31 anos, numa entrevista publicada esta quinta-feira pelo Jornal Público. “Todo o surfista prefere surfar sem muitas pessoas ao lado. E eu sempre gostei de um estilo de vida mais pacato. A Nazaré se encaixa bem com o meu espírito”, explicou.
Mas nem só de ondas e mar se fazem as preocupações diárias de Maya Gabeira. A surfista está atenta à explosão do turismo na Nazaré, semelhante ao que se passa em toda a costa portuguesa, e deixa um alerta em relação ao futuro. Isto porque deseja que a vila não perca a alma especial que possui.
“Espero que nunca percam [a sua vila], porque tem charme e muita cultura. A pesca é muito forte aqui e eu quero que os nazarenos sempre ocupem este espaço central na cidade e no seu estilo de vida”, referiu Maya Gabeira, sobre o recente aumento de rendes que se tem verificado no centro da Nazaré, justificada pelo aumento de turismo na terra.
No início deste ano, mais concretamente a 18 de janeiro, Maya espantou todos os fantasmas e surfou uma onda de mais de 20 metros na Praia do Norte. Após muita luta, meses mais tarde, a onda foi registada pelo Guinness World Records como a maior de sempre surfada por uma mulher. “Surfar a onda foi muito mais difícil, porque foram anos de treino e obstáculos. Mas garantir que ela fosse homologada foi uma grande burocracia”, garantiu.
O estilo de vida pacato, que ainda permite que pare o carro em qualquer lugar na vila, tem dado a Maya Gabeira tempo para pensar no futuro. E a big rider brasileira admitiu que sabe bem o que quer fazer quando deixar a carreira de surfista de ondas grandes. “Nunca sei muito do futuro, mas espero surfar por alguns anos ao mais alto nível, em ondas gigantes. Depois quero muito velejar e conhecer o mundo dessa forma”, concluiu Maya.
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Fonte: Público
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FotografiaWSL
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FonteRedação
