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- Espécie enfrentou um verdadeiro massacre no passado, mas agora encontra-se protegida e preservada.
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As focas-monge do Mediterrâneo são consideradas as mais raras do planeta, encontram-se ameaçadas e a necessitar de preservação. Mas podemos encontrar alguns destes exemplares na ilha da Madeira. Também apelidada de lobo-marinho, estas focas são protagonistas de uma extensa reportagem publicada na edição de novembro da prestigiada revista “National Geographic”.
No ano de 1996, esta espécie foi classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como espécie ameaçada em Perigo Crítico e, desde 2015, passou a Ameaçada. É protegida por diversas convenções internacionais, por legislação nacional e regional. Isto depois de se ter tornado num dos primeiros produtos comercializados do Novo Atlântico para a Europa.
A foca-monge enfrentou mesmo um verdadeiro massacre no passado, uma vez que a pele fornecia um excelente couro e a gordura era usada nos sistemas de iluminação e cosmética. Algo que deixou a espécie praticamente em vias de extinção, levando a que anos mais tarde fossem tomadas medidas urgentes para não deixar a espécie extinguir-se.
Segundo a Nat Geo, a espécie, que já foi abundante num passado longínquo, está agora “dispersa por toda a bacia do Mediterrâneo, mar Negro, costa atlântica africana, arquipélagos das Canárias, Açores e Madeira, e terá atualmente cerca de quinhentos indivíduos confinados em escassas regiões, como alguns países do Mediterrâneo, a Mauritânia e o arquipélago da Madeira - hoje restam apenas alguns sobreviventes nas Desertas e mesmo na Madeira”.
“Este mamífero marinho de porte imponente, um dos maiores da família dos focídeos, pode atingir três metros de comprimento e pesar trezentos quilogramas. Uma constituição física assim requer alimento em abundância e se há aspecto com que os lobos-marinhos não brincam são as suas refeições”, poder ler-se no artigo assinado por João Rodrigues.
Outras das curiosidades sobre as focas-monge é o facto de serem “apneístas exímias, pois mergulham por mais de quinze minutos em fundos rochosos e baixios próximos da costa, de forma a garantir peixe variado, cefalópodes e alguns crustáceos no seu cardápio. Quando esgotados das suas caçadas, estes seres admiráveis podem desfrutar de longas sestas no fundo marinho, retomando pontualmente o fôlego à superfície, sem acordar”, explica o artigo.
As focas-monge vivem 20 a 25 anos solitários, o limite da sua longevidade, e, tal como os humanos, as fêmeas também têm uma período de gestação de 9 meses. O lobo-marinho é um predador que está no topo da cadeia alimentar. A sua presença indica que estamos perante um habitat bem preservado.
No ano crítico de 1988, quando restavam apenas oito focas-monge no território português, foi criado um Programa de Conservação pelo Serviço do Parque Natural da Madeira, com o objectivo de proteger esta espécie e o seu habitat. Ao longo das últimas três décadas, superando todas as expectativas, os trabalhos de monitorização e acções de educação e sensibilização ambiental tornaram a recuperação desta população uma verdadeira história de sucesso internacionais.
Longe vai o tempo em que, segundo reza a história, a tripulação da caravela que se encontrava sob comando de João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo ficou perplexa com o som intenso e assustador semelhante a uivos de lobos que provinha daquelas margens rochosas, percebendo depois que estavam perante um animal de características dóceis.
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Fonte: Nat Geo
Foto: Luís Quinta
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FotografiaLuís Quinta/National Geographic
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FonteRedação
