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  • Praias de Moçambique ameaçadas pela China
    07 novembro 2018
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    Amnistia Internacional
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    Redação
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  • De acordo com um relatório publicado em março pela Amnistia Internacional, a culpa de o cenário imaculado ter desaparecido é da empresa Haiyu Mining.
  • São um verdadeiro paraíso à beira-mar plantado, mas, a verdade, é que estão cada vez mais em risco. As praias de Moçambique habituaram-nos a paisagens idílicas, onde o azul límpido da água se misturava com a brancura da areia. No entanto, esse cenário está a mudar e por culpa da China e da constante procura por areia.

    A comunidade de Nagonha, no norte de Moçambique, tem sido o principal alvo da mineração por parte de uma empresa chinesa. Foi aqui também que em 2015 aconteceram as terríveis cheias que ameaçaram inúmeras aldeias locais. Agora, Nagonha enfrenta uma nova ameaça, com a paisagem local a estar praticamente transfigurada.

    Cercada pelo azulo turquesa do oceano índico e também por exuberante vegetação, esta zona chegou a ser uma das principais atrações turísticas do país. Mas essa realidade está a mudar. De acordo com um relatório publicado em março pela Amnistia Internacional, que já visitou a zona em quatro ocasiões desde 2015, a culpa de o cenário imaculado ter desaparecido é da empresa Haiyu Mining.

    Os testemunhos de pescadores locais corroboram este cenário. Segundo Tola, que perdeu todo o material de trabalho que possuía, “as máquinas da empresa chinesa bloqueavam a água em zonas húmidas”. Outro local garantiu que o rio que ali existe passou a correr noutro local, o que fez com que a água levasse a casa que tinha.

    Esta é uma comunidade com pouco mais de 1.300 habitantes e que sempre foi vulnerável por não possuir serviços básicos, como saneamento e eletricidade. Contudo, agora, Nagonha está ainda mais vulnerável, devido a uma situação permitida pelo governo local, que tem encorajado a mineração no país, de forma a aproveitar o investimento chinês.

    Foi dessa forma que a Haiyu Mining Company entrou em Moçambique em 2011, um ano depois de ter sido fundado na província chinesa de Hainan. Esta é uma empresa subsidiária do Grupo Jinan Yuxiao, o maior produtor chinês de uhligite, um mineral encontrado na areia e que serve, essencialmente para a construção.

    Este mineral serve para dar origem a cimento, azulejo, tijolo, vidro, cerâmica, argamassa e todo esse tipo de material para construção. Com a China em forte desenvolvimento no sector, graças às cidades que estão em franco crescimento e desenvolvimento, a procura pela areia moçambicana é cada vez maior. Mas, em contrapartida, Moçambique está a perder uma das suas maiores pérolas.

    A empresa negou os factos apontados no relatório da Amnistia Internacional e garantiu que as mudanças na paisagem se devem a questões naturais e também à influência humana – dos locais… O governo chinês negou, igualmente, o sucedido e acusou esta ONG internacional de ser parcial contra o país. A empresa negou ainda a compensação dos bens perdidos por parte dos moradores locais.

    Depois do primeiro relatório lançado pela Amnistia Internacional, em março último, o governo moçambicano decidiu suspender a mineração no local. Contudo, quando a Amnistia Internacional regressou ao local há algumas semanas, confirmou que a mineração já tinha retomado. E a natureza é que perde com toda esta situação…

     

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