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- Tristan Roberts o novo rei de Viana
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E depois do pesadelo da véspera, em que o nevoeiro obrigou a um adiamento extraordinário do derradeiro dia do Viana World Bodyboard Championships, o sol e as ondas sorriram ao espanhol das Canárias Armides Soliveres, o novo campeão mundial de juniores, e a Tristan Roberts, sul-africano que herda o título Open de Viana do compatriota Iain Campbell.
Armides, de 16 anos, oriundo da Gran Canária, concluiu a final que havia sido interrompida ontem da mesma forma que a deixou: no comando, batendo Luan Tavares por convincentes 15.65 pontos contra 12.75 do adversário brasileiro.
Soliveres admitiu que a final nem foi a sua bateria mais difícil: “Definitivamente, tive mais dificuldade na meia final com o Noah Capdeville.” Mesmo sem o testemunho do canário, os números dizem tudo, com o heat a ser decidido por décimas, 11.35 contra 11.25 do filho do antigo campeão mundial Nicolas Capdeville.
Mas o novo campeão sempre foi dizendo que “todas as baterias foram difíceis”, até pelas características do mar, explicou: “É normal que seja difícil, afinal, é um Mundial, todos os competidores são bons. E, ainda por cima, parecia que havia mais esquerdas e eu sou mais forte para a direita, mas os treinos compensaram!”
Quanto ao futuro, o sonho é uma carreira profissional de bodyboard, mas há outros objetivos para o espanhol que se fez acompanhar dos pais: “Tenho apenas 16 anos e a minha prioridade são os estudos. Mas sim, sonho um dia ser campeão do Mundo Open.”
Um pouco mais velho, com 21 anos, e um pouco mais experiente, o sul-africano Tristan Roberts está também mais próximo de realizar o sonho que partilha com Armides Soliveres. Para já, mostrou capacidade para tal ao vencer a competição Open do Viana World Bodyboard Championships, deixando pelo caminho aquele que era apontado como o principal favorito, o francês Pierre Louis Costes, nas meias finais, e batendo o basco Alex Uranga na final (12.50 contra 11.90).
Tristan mostrou-se muitíssimo contente e até surpreendido com o desfecho do seu percurso na prova minhota: “Estou super contente. Tive muitas dificuldades neste campeonato, sem confiança e desencontrado com as ondas, mas finalmente consegui reencontrar-me e levantar-me do chão. Penso que o ponto de viragem foi mesmo o heat com Pierre Louis Costes, ele estava a fazer um campeonato incrível, com notas de 9 e 10, e passei muito tempo a pensar como ia ultrapassá-lo até que decidi fazer o meu surf e ver o que acontecia...”
Quanto à cidade de Viana, que Roberts visita pela terceira vez, o desejo é de regressar, se possível, defendendo o título: “Gosto muito de Viana. Faz-me lembrar um pouco a minha cidade natal, Onrus Hermanus, na África do Sul, com a sua atmosfera descontraída, gente hospitaleira e a proximidade com o mar. Adorei estar cá e espero repetir.”
Para a organização, foi o culminar de um trabalho hercúleo mas com retorno assegurado, conforme explica o presidente do Surf Clube de Viana (SCV), João Zamith: “Mais uma vez, fez-se história em Viana, ao assumir um risco inédito para o circuito mundial, como foi alargar o período de competição em mais um dia. Mas todo o esforço da APB, atletas, staff técnico e, sobretudo, organização a cabo do Surf Clube de Viana, teve um prémio merecido: um novo campeão mundial e um notável espetáculo de bodyboard.”
Esforço traduzido também em investimento financeiro, conforme detalha o dirigente máximo do SCV: “Este campeonato teve um investimento financeiro na ordem dos 140 mil euros, suportado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, IPDJ e patrocinadores. É o sexto Mundial que organizamos em Viana, o terceiro em anos consecutivos e temos registado um crescimento no número de atletas, divulgação e público, pelo que é, garantidamente, uma aposta ganha e para continuar.”
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