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  • As actividades humanas estão a destruir a natureza a um ritmo incontrolável e a ameaçar o bem-estar da geração actual e das vindouras.
  • A humanidade exterminou 60% dos mamíferos, pássaros, peixes e répteis desde a década de 70 do século XX. Estes dados levaram especialistas a alertar para o extermínio da vida animal, o que representa uma emergência para a civilização.

    A estimativa do massacre da vida selvagem vem referida num relatório da World Wide Fund for Nature (WWF) composto por 59 cientistas de todo o mundo. O relatório revela que o aumento do consumo de comida e recursos pela população mundial está a destruir o tecido natural que foi sendo construído durante milhões de anos e que é responsável pela subsistência da vida humana. O relatório deixa ainda um aviso para a qualidade da água, do ar e de outros elementos essenciais à vida no planeta.
    Para as conclusões deste estudo, o Índex do Planeta Vivo, a Sociedade Zoológica de Londres recorreu a dados de 16.704 mamíferos, pássaros, peixes, répteis e anfíbios. Ao todo estão representadas mais de 4.000 espécies. Os dados mostram que entre 1970 e 2014 a vida animal perdeu 60% da sua diversidade. E Barrett anuncia que a queda continua sem sinais de abrandamento.

    O director do departamento científico da WWF, Mike Barrett, avisou que o planeta se está a dirigir "para a beira de um percipício" e que a "limpeza" que aconteceu no reino animal seria equivalente ao desaparecimento da população "da América do Norte, América do Sul, África, Europa, China e Oceânia".
    O relatório do Planeta Vivo revela que a maior causa para a perda de diversidade animal é a destruição dos habitats naturais, muitas vezes para conseguir criar terras de cultivo. É referido que cerca de três quartos de todo o terreno do planeta é afectado por actividades humanas. A segunda maior causa para a destruição da biodeviersidade animal é a matança por comida. Cerca de 300 espécies de mamíferos estão a ser extintas para as necessidades de consumo humano. 
    O relatório refere ainda que a poluição química desempenha também um papel muito importante na extinção da vida animal. Metade da população de orcas está condenada a morrer pela alta concentração de bifenilpoliclorado na biosfera.
    No relatório é possível ainda ler: "Isto é muito mais do que perder a beleza da natureza e as suas maravilhas, apesar da tristeza que tudo isso implica". "Esta situação põe em perigo o futuro da humanidade. A natureza não é algo que é agradável ter. É o nosso sistema de suporte vital."

    Um professor de sustentabilidade global do Potsdam Institute para a Pesquisa do Impacto Climático, na Alemanha, afirmou que o "tempo se está a esgotar rapidamente" e que apenas "prestando mais atenção aos ecossistemas e ao clima temos uma hipótese de defender um planeta estável para o futuro da humanidade na Terra".
    Este relatório parece vir confirmar a hipótese colocada por milhares de cientistas que acreditam que o planeta Terra assiste actualmente à primeira extinção em massa causada por uma espécie - neste caos, o Homem. Estudos recentemente publicados afirmam que desde o nascimento da civilização, 83% de todos os mamíferos existentes à altura foram extintos, bem como cerca de 50% das plantas. Esses estudos dizem ainda que, se a destruição de recursos terminasse imediatamente, demoraria cerca de 5 a 7 milhões de anos para a ordem natural se restabelecer.
    O professor Bob Watson lembra, citado pelo jornal britânico The Guardian, que a vida selvagem e ecossistemas são vitais para a vida humana. "A natureza contribui para o bem estar humano tanto culturalmente como de forma espiritual, contribuindo ainda para a produção de comida, água limpa e energia, ajudando ainda a regular o clima da terra, a poluição, a polinização e as cheias", afirmou o cientista que recentemente publicou um estudo onde comparava a degradação da natureza - em termos de perigo para a vida humana - com as alterações climáticas. Watson diz ainda que este relatório do Planeta Vivo demonstra que "as actividades humanas estão a destruir a natureza a um ritmo incontrolável e a ameaçar o bem-estar da geração actual e das vindouras".

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    Fonte - Sábado

    Foto - Josh Teal Unilad

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