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- Para este estudo a jovem portuguesa estudou os dados no Sistema de Informação Biogeográfica dos Oceanos (OBIS) e na coleção de macroalgas da Universidade de Coimbra (MACOI).
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Raquel Gaião Silva. É este o nome da primeira portuguesa a vencer o prémio Jovens Investigadores do Global Biodiversity Information Facility. O anúncio foi feito na passada terça-feira, com a aluna de mestrado em biodiversidade e conservação marinha da Universidade do Algarve a ser uma das duas vencedoras deste prémio em 2018, graças a um estudo sobre o efeito do clima nas algas.
O objetivo da investigação de Raquel basou-se em perceber se e como o aumento da temperatura dos oceanos pode estar a alterar a distribuição de macroalgas ao longo da costa do Atlântico de Espanha e Portugal, do Golfo da Biscaia até o Estreito de Gibraltar.
“Os ecossistemas ricos e complexos a que dão origem, fornecem alimento, habitat e funcionam como berçários para inúmeras espécies”, segundo um comunicado oficial do GBIF. “Em latitudes mais baixas, perto da área a sul da sua distribuição, as macroalgas são mais sensíveis a alterações de temperatura da água, que podem levar à adaptação, à redução ou à expansão da área de ocorrência destes organismos, assim como a extinções locais”, pode ler-se.
Para este estudo a jovem portuguesa estudou os dados no Sistema de Informação Biogeográfica dos Oceanos (OBIS) e na coleção de macroalgas da Universidade de Coimbra (MACOI). Foram usadas também as colecções de herbário portugueses do Porto, Aveiro, Lisboa, Faro e do projecto Marine Forests, uma plataforma de ciência cidadã, de acesso aberto, e que promove a monitorização coletiva e internacional de algas.
O prémio rendeu a Raquel 5 mil euros. “É, sem dúvida, um enorme incentivo para o desenvolvimento do meu estudo e para continuar a acreditar no impacto positivo que poderá trazer, não só para a ciência, mas também para todos os setores dependentes da presença de florestas marinhas de macroalgas e, por fim, para uma melhor consciencialização das consequências das alterações climáticas”, referiu.
Segundo o GBIF, “os resultados da sua pesquisa poderão beneficiar investigadores, decisores políticos e residentes costeiros, dentro e fora das áreas de estudo”. O Comité Científico do GBIF selecionou, além de Raquel Gaião Silva, a estudante de doutoramento norte americana Kate Ingenloff, de um grupo de 14 candidatos nomeados por chefes de delegação de 11 países participantes do GBIF.
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Fonte: Wilder.pt
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FonteRedação
