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- O Ministério do Ambiente afirmou que 'já procedeu à recolha de amostras' e que 'no local, não foi detetada qualquer mancha de poluição'.
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Segundo notícia avançada pelo JN, a água corre escura há dias em Ortiga, Mação. Ministério do Ambiente nega a existência de poluição e fala em mancha provocada pelos pólens.
A água do rio corre muito escura na zona de Ortiga, em Mação. A denúncia foi feita pelo ativista Arlindo Marques, através da rede social Facebook. Ao JN, o Ministério do Ambiente afirmou que "já procedeu à recolha de amostras de água" e que "na análise feita no local, não foi detetada qualquer mancha de poluição, mas antes e só uma coloração amarelada que pode estar relacionada com o pólen liberto". Os ambientalistas afirmam que "era preciso muito pólen para fazer aquilo e a época dos pólens já passou".
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O vídeo que Arlindo Marques colocou no Facebook mostra uma água completamente suja e esverdeada. Nos últimos dias, "tem sido assim, não se vê a dois palmos de distância", sublinhou. Para o ativista "o mais provável é ter havido uma descarga". A situação é ainda pior porque "nem a Ribeira de Eiras que desagua aqui ajudou a limpar a água", reiterou.
Ao JN, o Ministério do Ambiente levantou a hipótese de os pólens serem a causa da "possível coloração", mas o ambientalista e membro da associação ProTejo Paulo Constantino descarta essa possibilidade, porque "o tempo dos pólens já passou". O JN contactou ainda a celulose Celtejo, mas fonte oficial da empresa recusou prestar qualquer esclarecimento em "on".
Informação sonegada
Entretanto, o presidente da ProTejo diz-se muito preocupado com a informação que "deveria ser tornada pública e não é". "Gostaríamos que o Ministério do Ambiente informasse e tornasse público com que regularidade faz o controlo e a monitorização do efluente da Celtejo, por exemplo, porque é a responsável por 90% das descargas feitas no rio", afirmou.
Paulo Constantino garante que já pediu ao ministério as dez novas licenças que limitam as descargas, emitidas em abril, às Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e às empresas de celulose, mas que até agora não recebeu nada. "Mandaram-nos perguntar o mesmo à Agência Portuguesa do Ambiente que até agora também não respondeu". Ao JN, o ministério deu conta que "todas as licenças estão a ser cumpridas". Sem mais.
As celuloses e as ETAR públicas
Do mesmo modo, a ProTejo já solicitou à tutela "uma carta a pedir a identificação das ETAR existentes na bacia do Tejo e dados sobre a eficácia do tratamento, mas tal também não foi respondido".
"A nossa perceção é que efetivamente existem nas ETAR públicas muitos problemas. Apesar do esforço na construção de novas ETAR, depois falta verba para a manutenção. O risco é termos descargas com qualidade inferior ao que era suposto", alerta.
O JN perguntou ao ministério com que periodicidade são feitas vistorias nas ETAR públicas, que respondeu que aquelas "estão sujeitas a vistorias periódicas no quadro de fiscalização da APA, ARH Tejo-Oeste" e que "quando há denúncias ou suspeitas também há vistorias da IGAMAOT".
Saber: Indeferida ação para impedir lamas em área protegidaA proprietária do terreno nas Portas de Ródão no qual vão colocar as lamas retiradas do rio Tejo, ainda por causa do episódio de poluição verificado em janeiro, lamentou ontem a decisão da justiça de indeferir a providência cautelar da Zero. A associação ambientalista interpôs esta ação para travar a deposição dos resíduos num terreno que é privado e que fica na Área Protegida do Monumento Natural das Portas de Ródão. Raquel Lopes lamentou que o indeferimento da mesma se tenha "baseado na resolução do Conselho de Ministros" e que não tenham suspendido os trabalhos enquanto não se tivesse feito um estudo de impacto ambiental.
Se forem confrontados com algum tipo de poluição no Rio Tejo, registem esse momento e contactem a Pro Tejo.
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Fotografias: Arquivo pessoal de Guiber Pierre e Arlindo Marques
Fonte: JN
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