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Esta marcada para esta quinta-feira a apresentação de um pacote de iniciativas, por parte do governo português, que têm como objetivo ajudar a reduzir o impacto da poluição de plásticos no planeta. Esta é a resposta de Portugal a um dos mais problemas ambientais da atualidade e poderá compreender a troca de plástico por senhas de supermercado.

“Até 2021 Portugal vai ter um sistema de incentivos para quem reciclar estes materiais [compostos sintéticos], disse ao “Diário de Notícias” o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, antecipando o relatório do grupo de trabalho sobre plásticos, que a Agência Portuguesa do Ambiente torna público esta manhã na Fundação Calouste Gulbenkian.

É aqui que surgirá essa possibilidade de trocar o plástico por senhas. “Uma das principais medidas é a instalação de unidades de recolha em pontos de grande venda de plásticos, como os supermercados. O peso que o consumidor entregar será depois convertido em senhas de compras nesses mesmos estabelecimentos”, explicou Carlos Martins.

O secretário de estado do ambiente alinha pela mesma opinião da ONU e frisa que a poluição do plástico está dependente da forma como as pessoas utilizam o próprio. “Ao contrário de outros poluentes, este está mais dependente dos produtos de uso pessoal do que das grandes indústrias, por exemplo”, aponta.

“É por isso que vamos lançar uma grande política de educação ambiental e sensibilizar a população para este problema específico”, garante o governante. Embora ainda não existam datas definidas para o início desta campanha, Carlos Martins sublinhou que esta arrancará a “breve trecho”.

“Não é assim tão difícil usarmos as alternativas, basta mentalizarmo-nos para elas. Há milhares de reuniões e conferências neste país. Em vez de usarmos garrafas de plástico nas salas das empresas porque não um jarro e copos?”, exemplificou o secretário de estado.

Embalagens e garrafas, pratos e talheres, palhinhas e cotonetes são os grandes responsáveis pela nódoa ecológica mundial. A cada segundo que passa, fabricam-se em média 9,5 quilos de resinas sintéticas moldáveis no mundo. Este é um poluente que está a gerar cada vez mais atenção global. E, agora, também em Portugal.

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