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  • Bordalo II contra exploração de petróleo
    11 junho 2018
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  • Entre as imagens é possível ver uma paisagem com plataformas petrolíferas em pano de fundo, um prato de peixe “temperado” com petróleo e ainda um sumo de negro.
  • Continuam a surgir vozes de discórdia contra a mais que provável exploração de petróleo ao largo da costa algarvia e alentejana, depois de, em maio último, a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) ter dispensado um estudo de impacto ambiental para um furo de prospeção de petróleo em Aljezur. Desta vez, foi o artista urbano Bordalo II a juntar a sua arte aos protestos.

    Em parceria com Forest Dump, outro artista urbano, Bordalo II decidiu partilhar no Instagram três imagens daquilo que, na ótica do artista, poderá vir a ser o Algarve em 2020. É claro que as manchas de petróleo são marca bem visível nas três imagens em questão.

    “Eu e o meu amigo Forest Dump temos algo a dizer acerca da ideia de explorar petróleo na costa do nosso belo Algarve”, começou por escrever Bordalo II. “Espero que os nossos líderes sejam inteligentes o suficiente para entender que um lucro a curto-prazo significará uma perda eterna. Portugal é um país cheio de potencial para a energia renovável, esse é o futuro”, frisou.

    Entre as imagens é possível ver uma paisagem com plataformas petrolíferas em pano de fundo, um prato de peixe “temperado” com petróleo e ainda um sumo de negro, de petróleo. Imagens que, além de arte, servem de alerta para o que poderá estar para acontecer na região.

    Entretanto, o artista urbano colocou mais duas imagens sobre o tema na conta de Instagram. Numa delas podemos ver um cartaz alusivo ao turismo algarvio manchado de petróleo e noutra uma pessoa a sair da água cheia de petróleo.

    O furo de prospeção de petróleo deverá avançar entre Setembro e Outubro na chamada bacia do Alentejo, a 46 quilómetros de Aljezur. Após a decisão da APA, o primeiro-ministro garantiu que caso se venha a realizar a exploração de petróleo, será necessário um estudo de impacto ambiental prévio. “O país tem que saber quais são os recursos com que conta para poder decidir o que é que faz com os seus recursos, mas a decisão foi muito clara: se vier a haver exploração, tem de haver estudo de impacto ambiental”, afirmou, a 1 de Junho.

     

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