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- De salientar que esta medida vai contra a linha de pensamento dos Portugueses e contra a própria vontade do Papa Francisco.
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Até parece a gozar. Mas há uma empresa Australiana quer explorar energias fósseis em Fátima e Aljubarrota.
Como temos anunciado há já algum tempo, a zona oeste de Portugal e nomeadamente em Fátima, Ourém, encontra-se entre os locais autorizados pelo Estado para prospeção de gás de xisto, um gás natural que permite produzir petróleo, pela empresa australiana de gás e petróleo Australis.
Na reunião camarária de Ourém de segunda-feira, 2 de abril, confrontado com a situação por um “porta-voz” de um movimento contra o “fracking”, técnica de exploração polémica porque traz riscos de contaminação de água e ambientais, o presidente Luís Albuquerque afirmou que tinha tomado conhecimento da situação pela comunicação social e que não havia entrado até àquele dia nada nos serviços municipais.
De salientar que esta medida vai contra a linha de pensamento dos Portugueses, que enviaram 42 (quarenta e duas) mil objecções contra a exploração petróleo e 4 (quatro) a favor, do Governo que assinou acordos de redução e emissão de CO2 na COP 21 em 2015, contra a linha mundial de abandonar este tipo de exploração de energia e contra a própria vontade do Papa Francisco, que já se manifestou publicamente muitas vezes contra este tipo de atentados.
O Papa deu-se inclusivamente ao trabalho de escrever um documento de 180 páginas de como isso é prejudicial para todos.
A notícia foi avançada inicialmente em dezembro pelo Jornal de Leiria. Em 2015, no final do governo de Passos Coelho, o Estado firmou com a Australis contratos de concessão para pesquisa e produção de petróleo em 11 concelhos, entre a Figueira da Foz e o Santuário de Fátima. Um dos temas que levanta mais polémica e contestação entre os ambientalistas é a possibilidade de se recorrer ao “fracking”, uma ténica de prospeção que traz riscos de contaminação da água e do ambiente.
A 27 de março o Expresso online avançou que a Australis prevê iniciar em 2019 uma perfuração do subsolo na freguesia de Aljubarrota, concelho de Alcobaça, Leiria, para tentar encontrar gás em volumes comercialmente relevantes. Segundo refere a mesma notícia, a empresa autraliana enviou um plano de trabalhos à Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), assim como um estudo de cariz ambiental para que a ENMC e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) possam determinar se a perfuração em Aljubarrota deve ou não ser sujeita a uma avaliação de impacto ambiental.
O relatório resultante está em consulta pública até dia 11 de maio e dá conta de uma perfuração a realizar durante 2019, recorrendo a um furo de 3200 metros na vertical, seguido de uma outra perfuração na horizontal com um alcance de 300 a 700 metros. Estes trabalhos deverão durar dois a três meses e envolver, desde a sondagem até à perfuração, perto de uma centena de pessoas.
Na reunião camarária pública de 2 de abril, Bruno Reis, que se definiu como porta-voz de um grupo de pessoas preocupado com a exploração do gás de xisto, pediu ao executivo uma posição quanto ao problema, alertando para os efeitos destrutivos do “fracking”, nomeadamente na atividade sísmica e o impacto que a poluição dos lençóis de água e ambiental pode trazer para a qualidade de vida da população e o turismo de Fátima em particular.
Questionou ainda como se irá gerir o lixo radioativo. “A exploração de gás de xisto não vai enriquecer a região, vai destruí-la”, afirmou.
Salientando que Portugal devia estar a apostar nas energias renováveis e não em gás de xisto, referiu que vai decorrer uma ação contra a exploração ainda neste mês de abril.
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Gás de xisto é um gás natural que se encontra no interior de um tipo poroso de rocha sedimentar, chamado xisto argiloso. Possui a mesma composição química do petróleo, porém o seu invólucro e modo de produção é diferente. Para perfurar é necessário recorrer a uma técnica de fraturamento hidráulico, que envolve vários produtos químicos – o tal “fracking” – e que possui um risco elevado de contaminação de lençóis freáticos.
Luís Albuquerque referiu que até àquele momento não havia entrado nada na Câmara sobre o tema e o município só se poderá pronunciar nessa situação. “Não temos conhecimento de nada a fazer no concelho de Ourém”, afirmou.
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Fotomontagem: Beachcam/NiT
Fonte: MedioTejo
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