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- Projeto pretende determinar taxas de mortalidade, de crescimento e de reprodução da sardinha.
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A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse nesta quarta-feira, à Lusa, que a pesca da sardinha será proibida em zonas da região Centro e Norte, por serem “áreas importantes para a reprodução da espécie”.
“Existem várias propostas em cima da mesa, maioritariamente na região Centro, também existe alguma coisa no Norte. Mas é Norte e região Centro [as áreas para onde se equacionam a proibição de pesca da sardinha]”, disse a governante à agência Lusa, sublinhando estarem as zonas a serem delimitadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e pelos pescadores.
À margem da conferência o Valor dos Oceanos, a decorrer em Lisboa, a ministra explicou que estão a ser “mantidas conversas e reuniões de reflexão com as comunidades piscatórias para juntamente com o IPMA, já com informação científica, para se poder delimitar áreas em que não haverá pesca de todo, porque são áreas importante para a reprodução da espécie”.
IPMA quer 'salvar' sardinha portuguesa
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) pretende avançar com um projeto para determinar taxas de mortalidade, de crescimento e de reprodução da sardinha, em função da alteração das variáveis ambientais.
Trata-se do projeto Sardinha 2020 - Abordagem Ecossistémica para a gestão da pesca da sardinha, desenvolvido pelo IPMA, tendo com objetivo identificar a distribuição, abundância e recrutamento dos peixes pelágicos (sardinha, biqueirão e a cavala), segundo avançou à Lusa fonte do instituto.
De acordo com a mesma fonte, o projeto, que aguarda aprovação da Autoridade de Gestão Estrutura de Missão para o Mar 2020, "pretende determinar taxas de mortalidade, de crescimento e de reprodução da sardinha, em função da alteração das variáveis ambientais".
As variáveis em causa serão "constrangidas através de experiências em cativeiro, tanques e jaulas oceânicas, monitorizando a subsequente libertação no mar", explicou.
O projeto Sardinha 2020 quer também desenvolver modelos do ecossistema para avaliar o impacto das relações interespecíficas e da pesca na dinâmica conjunta dos 'stocks' de peixes pelágicos.
"Por último, prevê caracterizar as componentes sociais, económicas e biológicas da pesca do cerco e da indústria conserveira e avaliar a interação e influência mútua entre as várias componentes", segundo o IPMA.
O instituto adiantou à Lusa que a comissão de gestão já emitiu o parecer favorável para aprovação do projeto, acrescentando que o mesmo está em fase de audiência prévia.
No dia 20 de outubro, o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) recomendou a suspensão da pesca da sardinha, em Portugal e Espanha, em 2018.
Porém, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, adiantou, na altura, que o Governo ia propor que os limites de captura se fixassem entre 13,5 e 14 mil toneladas.
Ana Paula Vitorino disse ainda que tem que ser garantido um ponto de equilíbrio entre a sustentabilidade do 'stock' e das comunidades piscatórias e acrescentou que foi estabelecido um pacote de medidas, no qual se encontra o Projeto Sardinha 2020, de modo a acatar as recomendações do ICES.
Serão as sardinhas criadas em cativeiro a solução? Será que já se analisaram bem os contras inerentes a esta indústria, desde o risco ambiental, ao risco para a nossa saúde? Fiquem atentos.
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Fotografia: EF
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