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  • FPS 'É tudo ao tostão. Surf precisa de apoio'
    06 setembro 2017
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  • Nas últimas décadas, o surf passou de desporto de nicho a fenómeno de massas.
  • Entrevista ao presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha, ao Diário de Notícias.

    Nas últimas décadas, o surf passou de desporto de nicho a fenómeno de massas. Agora, prepara o último salto evolutivo, para o programa olímpico. O presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha, fala do crescimento de uma modalidade com 120 a 150 mil praticantes no país - embora só cerca de 1% de federados -, enuncia os problemas e perspetiva o futuro, augurando sucessos de Frederico Morais entre a elite mundial.

    A visibilidade e os desafios por certo têm aumentado desde que, há um ano, o surf foi integrado no programa olímpico, com efeitos a partir de Tóquio 2020. O que mudou de lá para cá?

    Diretamente, pouco ou nada, porque ainda não sabemos como vai ser a qualificação nem quantos atletas poderemos integrar, estamos à espera [que seja definido entre Comité Olímpico Internacional e Associação Internacional de Surf]. A nível nacional, o Comité Olímpico de Portugal tem sido extremamente proativo e temos acesso a uma série de meios que não tínhamos antigamente.

    Sem moldes de qualificação definidos é difícil traçar objetivos... mas a ambição deverá ser ter, pelo menos, um homem e uma mulher portugueses em Tóquio 2020, não é?

    Pela informação que circula, que vale o que vale, serão no máximo dois homens e duas mulheres [por país]. No nosso caso, a federação antecipou-se e criou um programa interno de apoio da área olímpica, em que integrámos logo, numa primeira fase, o Frederico Morais e a Teresa Bonvalot. São atletas que estão connosco desde as camadas jovens e que mostraram uma grande vontade de integrar o programa olímpico, ainda que não tenhamos algo concreto para lhes mostrar.

    Ficou-lhe algum amargo de boca com o facto de o skate, que também passou a modalidade olímpica e até aqui era tutelado pela Federação Portuguesa Surf, ter passado para a égide da Federação de Patinagem de Portugal?

    Obviamente, foi um grande amargo de boca. O Estado tomou uma decisão fácil, em que não teve em conta a história da skate - criado por surfistas quando o mar estava flat - nem a forma como estava ligado a nós há muitos anos. Esta situação foi um golpe palaciano não muito bonito, mas, paciência, neste momento não há muito a fazer. A decisão está mais do que tomada e vamos seguir caminho, que ainda temos sete desportos para gerir [surf, bodyboard, longboard, skimboard, kneeboard, stand up paddle e tow-in].

    Quantas pessoas trabalham na estrutura da federação e quantas provas nacionais são realizadas por ano?

    Sem contar com os eventos mundiais que se realizam em Portugal, só as provas federativas andam na casa das cem. Na estrutura, a trabalhar nos escritórios da federação, somos três pessoas.

    Ou seja, falta crescerem a esse nível, terem outros meios financeiros.

    Sim, lutamos muito com os orçamentos. Tudo o que fazemos é medido ao cêntimo e ao tostão, com tentativas de redução de custos a todos os níveis. As negociações [das viagens] da seleção nacional, por exemplo, são terríveis. Precisamos de crescer mais, precisamos de mais apoio do Estado: somos das federações que mais contribuem a nível desportivo e de turismo e gostávamos que o Estado pudesse contribuir mais para apostarmos nas classes jovens e desenvolvermo-nos mais. Nas nossas seleções andamos sempre no limite. É um milagre termos conseguido três vice-campeonatos do mundo e um campeonato europeu de juniores.

    Só uma migalha do impacto estimado do surf na economia nacional já seria uma ajuda, não é?

    O retorno estudado já há alguns anos andava na casa dos 400 milhões de euros por ano. É um valor considerável: segundo sabemos, é o segundo desporto mais rentável em Portugal (o primeiro é o golfe). Isso faz que devêssemos ter também algum apoio na área do turismo. Temos vindo a apresentar sucessivas propostas de regulamentação do surf-turismo e das escolas de surf em Portugal, em que há bastantes lacunas que deviam ser ultrapassadas, temos um projeto fundamental, de certificação e classificação das praias (para que as pessoas saibam se são para especialistas ou para amadores), mas até aqui não tivemos uma receção total [da tutela]. Se o surf é a bandeira de tantas câmaras e se o Estado também o defende, é crucial fazer alguma coisa, principalmente quanto a esta nova realidade das escolas de surf.

    Agora, o principal embaixador do surf português a nível internacional é o Frederico Morais. Será ele a conseguir, muito em breve, a primeira vitória nacional na Liga Mundial de Surf?

    Eu acredito. Creio que ele está em muito boas condições de consegui-lo, não sei se neste ano... vamos ver o que acontece. Seguramente será um nome a ter em conta no circuito mundial nos próximos tempos. E também temos o Vasco Ribeiro em 24.º no circuito de qualificação: seria a cereja no topo do bolo se também entrasse este ano [para a elite].

    Há o Frederico, o Vasco, a Teresa, uma longa lista de jovens a surgir. É a prova de que já não temos raros talentos de eclosão espontânea, mas uma geração que surge de forma estrutural, fruto do investimento na formação?

    Há muito trabalho. São atletas que começaram muito jovens, com um talento inacreditável, a maioria deles filhos de ex-surfistas, com os pais a terem um papel fundamental na formação. Obviamente, não apareceram por acaso, são fruto do trabalho de todos os envolvidos.

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    Fonte: DN

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  • surf
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