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  • Portuguese Surf Film Festival em 'entrevista'
    03 julho 2017
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  • Sabem como tudo começou? Os objectivos? A malta do Portuguese Surf Film Festiva explica...
  • Como o surf tem vindo a tornar-se cada vez mais um desporto de inclusão social, é natural que cada vez mais comece a atrair mais praticantes e curiosos para este nosso hobbie predilecto.

    Um reflexo disso, são os festivais, feiras, campeonatos e até negócios que começam a crescer em torno desta indústria. Este é o caso do Portuguese Surf Film Festival onde a sua coordenadora, Susana Andrade, explicou em entrevista o propósito deste festival que tem dado cada vez mais que falar.

    Como começou o PSFF e qual o seu objectivo?

    Susana Andrade: O Portuguese Surf Film Festival resultou inicialmente da inspiração de uma vitória, conseguida em 2011 pelo primeiro prémio de um filme que eu produzi juntamente com uma equipa de produção holandesa, muito talentosa e que ganhou o 1º lugar no British Surf Film Festival. Tratava-se de uma curta sobre o sonho de criança, de uma surfista portuguesa (escolhemos a Joana Rocha para este papel de semificção), em tornar-se campeã de surf. Foi um pouco inesperado, o prémio, mas foi a base de reflexão sobre os festivais internacionais de cinema de surf e sobre o porquê de não haver quaisquer eventos dessa natureza em Portugal. Na altura, a Ericeira estava prestes a consagrar-se reserva mundial de surf e eu aproveitei para apresentar informalmente a ideia ao executivo da Câmara Municipal de Mafra, ali mesmo, durante a cerimónia. A ideia foi imediatamente muito bem recebida e comecei a trabalhar nesse sentido. Curiosamente, ou não, venho a perceber que surgiram nos meses seguintes mais outros quatro projetos com a mesma ambição. Passados estes anos, só dois resistiram e o PSFF tem dado provas que é um projeto de continuidade e que é estratégico no panorama nacional do surf e da cultura deste estilo de vida.

    Quais foram as maiores dificuldades ao longo destes 6 anos?

    SA: Nos primeiros dois anos, o festival não tinha qualquer financiamento e a sua produção resultava de muita carolice e da minha persistência e perseverança, que são os atributos chave de qualquer empreendedor. A minha visão de trazer o melhor do cinema internacional de surf à Ericeira, que é a nossa única reconhecida reserva mundial na Europa, fazia imenso sentido e sempre abracei este projeto sobretudo com um enorme sentido de missão. O festival é a celebração da cultura do surf e das histórias inspiradoras que marcam profundamente quem vive para procurar as melhores ondas do mundo e para sentir o stoke, que o surf nos dá, em cada sessão incrível na água. Depois há sempre obstáculos que vão surgindo pelo caminho, mas tudo se vai ultrapassando e vai-se reforçando a missão maior, que é a verdadeira motivação por trás deste evento.

    Quais foram as grandes vitórias?

    SA: A celebração do PSFF enquanto evento de referência em Portugal e já com enorme reconhecimento a nível mundial. Têm sido muitos os sinais que temos vindo a receber, ao longo dos anos, em como o festival conseguiu conquistar um lugar entre os mais referenciados festivais de cinema de surf em todo o mundo. Sempre houve, por um lado, um enorme foco em manter excelentes relações com os realizadores que têm vindo a submeter os seus filmes. Por outro lado, todo o trabalho que é feito nos bastidores para trazer os melhores filmes atuais, a nível mundial, passa despercebido do grande público. Mas temos a certeza de termos conseguido trazer à Ericeira os grandes filmes e os melhores realizadores, com a consistência de qualidade de quem conhece bem o festival. Felizmente é grande o público assíduo e faço votos para que assim continue. E para quem ainda não veio, nem sabe o que está a perder!

    Novidades para esta 6ª edição?

    SA: A arte vai continuar a marcar presença em força nesta edição, com uma sessão de pintura ao vivo, logo na inauguração, da autoria de Lisa Marques, e também uma masterclass sobre skateboardshaping, com o talentoso duo Agata Zdziarska e Esteve Ayma. Mas, claro, são os filmes as grandes estrelas do Portuguese Surf Film Festival. Temos 23 obras incríveis, o maior número de filmes alguma vez apresentado. E também dois prémios novos, que visam reconhecer duas áreas fortes que queremos distinguir. São elas: Women in Surf Films e Impactful Story. Por um lado, o universo feminino, tanto na realização como no surf em si, é uma parte que queremos realçar porque é ainda uma minoria. Felizmente, começam a aparecer em maior quantidade e qualidade e este prémio visa reconhecer isso mesmo. Por outro lado, há nesta edição filmes que nos vão deixar a pensar durante dias, quer pela beleza, quer pela profundidade que encontramos em vidas e casos reais e que tantas vezes desconhecemos.

    Visão para o futuro?

    SA: Faltam em força os filmes portugueses. Com tanta cultura de surf em Portugal, que vai já na sua terceira geração, gostaria de ver retratadas histórias com as quais me tenho deparado e que são brilhantes, mas não há muitas pessoas a trabalharem numa produção cuidadosa e a enviarem os seus trabalhos para os festivais. O PSFF pode ser uma plataforma facilitadora, tanto na produção como na distribuição de obras com a qualidade que eu sei que nós, Portugueses, podemos e devemos fazer. Não estamos a exportar Portugal e a nossa cultura de surf como podemos fazê-lo e, quase, como é a nossa obrigação artística. Somos extremamente criativos e temos uma forma muito própria e sedutora de contar histórias, com a riqueza de um país que vive junto ao mar e que sempre o incluiu na literatura dos grandes poetas portugueses. A história de mais de quinhentos anos dos grandes navegadores heroicos, que são a essência de Portugal, já todos conhecem. Agora queremos saber dos heróis contemporâneos, símbolos de atitude, de coragem, de solidariedade, de conquista, de talento e de alma. Espero que o público português, que vem ao festival, encontre nos 23 filmes que apresentamos este ano a base de inspiração para olharem à sua volta e estarem atentos às centenas de histórias que podemos contar. E cabe também às instituições, tanto públicas como privadas, saberem reconhecer a importância desta missão e acolherem projetos para que estes se possam tornar realidade, criando os meios e as infraestruturas de arranque de produções nacionais. Isso é que era...

    Fotografias: PSFF

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