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- O impacto ambiental negativo destas actividades pode ser irreversível.
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No Dia Nacional da Conservação da Natureza, o Beachcam.pt relembra a todos os nossos utilizadores os perigos "escondidos" em termos de preservação da Natureza que os nossos mares e praias estão sujeitos.
A "Seas at Risk", uma associação europeia de organizações não-governamentais (ONG) dedicadas à defesa de questões ambientais, exige ao Governo que tome uma posição contra a mineração em águas profundas. O apelo surge na fase de preparação do encontro anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, a decorrer de 7 a 18 de Agosto, em Kingston, capital da Jamaica.
Notícia: A Ameaça da Mineração Subaquática nos Açores
Para a associação europeia, o executivo deve assegurar que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos aplica "o princípio da precaução e que determina o fim dos trabalhos de prospecção e exploração de minérios em curso actualmente".
A próxima sessão anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, entidade responsável pela regulamentação da exploração dos fundos marinhos e subsolo que estão para além da jurisdição nacional de um país, terá lugar em Agosto. No encontro, serão votadas possíveis reformas da própria instituição e dos procedimentos ambientais internacionais.
A "Seas At Risk" já tinha apelado para o fim da mineração em águas profundas na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas no início de Junho.
O GEOTA, a LPN, a Quercus e a Sciaena solicitaram ainda ao Governo uma reunião para expor as suas ideias e preocupações. Para estas ONG, há vários argumentos contra a mineração de fundos marinhos e a favor da aposta numa economia que respeite os ecossistemas e a biodiversidade nos fundos marinhos.
A mineração em mar profundo contraria as metas definidas na Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.
O impacto ambiental negativo destas actividades pode ser irreversível.
Também no âmbito do Dia Mundial da Conservação da Natureza e no rescaldo da proposta de arquivamento, por parte da Comissão Europeia, da queixa efetuada pela Quercus – ANCN contra a construção de três barragens no Alto Tâmega, a Quercus relembra que as barragens constituem a maior ameaça à conservação da natureza, em Portugal, atualmente.
As barragens colocam em risco os habitats naturais das regiões envolventes, uma vez que transformam, fragmentam e degradam os ecossistemas, e criam, inclusivamente, barreiras incontornáveis para espécies migradoras.
No caso específico das barragens do Tâmega as ameaças abrangem a agricultura, em particular a viticultura, com perdas de terreno e eventuais alterações ao clima com aumento de frequência de nevoeiros, e colocam, também, em perigo o Lobo Ibérico, nas Serras do Marão e Alvão, em Trás-os-Montes.
No Tua, os impactes da barragem nos ecossistemas são evidentes, tendo-se verificado, recentemente, uma elevada mortandade de peixes causada, provavelmente, pelo baixo caudal do rio, o que revela a perda de qualidade da água.
A Quercus considera que o aproveitamento dos recursos hídricos para diversos fins, incluindo a produção hidroelétrica como forma de energia, é relevante, mas tem que ser devidamente equacionado com os impactes associados e com os objetivos de sustentabilidade e conservação da biodiversidade.
A Quercus reforça o apelo ao governo para que não sobreponha os interesses das grandes companhias energéticas aos interesses da conservação da natureza.
Em Dia Nacional da Conservação da Natureza, por favor, respeitem o nosso planeta!
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
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Fotografia: Azores Surf Co
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