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- Estivemos à conversa com o Presidente da Federação Portuguesa de Surf
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No meio de tanta controvérsia faltou o parecer do Presidente da Federação Portuguesa de Surf, fomos então falar com João Aranha para saber qual a sua posição oficial não só quanto a esta, mas também sobre outras questões pertinentes:
BC- O Garrett MacNamara foi convidado pelo estado português para representar Portugal, ou partiu do mesmo, a vontade de participar neste projeto?
JA - No início do ano a Federação Portuguesa de Surf foi abordada por um Ministério sobre um projeto que o poderia incluir junto da comitiva Olímpica. Nessa altura foi dado o parecer da FPS, em que demonstramos não ser interessante para a estratégia definida para 2020. Ficámos com a convicção que a nossa posição teria ficado clara. Porém, nestes últimos dias fomos surpreendidos por várias entrevistas onde o próprio fala sobre a possibilidade de se tornar num embaixador da modalidade e do país nos Jogos Olímpicos 2020, algumas na imprensa escrita, outras nos canais de televisão.
BC- Quem faz parte da equipa que lidera o projeto dos Jogos Olímpicos?
JA - Temos uma equipa técnica muito completa com excelentes resultados internacionais. Ainda em dezembro a Seleção Nacional Júnior foi campeã da Europa de uma forma categórica, com 12 dos 14 atletas a subir ao pódio, em que 4 foram campeões europeus. Além dessa equipa, um departamento médico de referência e, claro, toda uma Direção da FPS dedicada a garantir sucesso nos programas Olímpicos.
BC- Qual é a estratégia que Portugal quer apresentar nos jogos olímpicos? Auto-promoção do país ou demonstrar resultados competitivos e a qualidade dos nossos atletas e surf?
JA - O nome de Portugal está cada vez mais forte na modalidade do Surf e os Jogos Olímpicos são uma excelente oportunidade para mostrar a qualidade dos nossos atletas e, assim, reforçar a imagem do país no mundo desportivo. A estratégia para Tóquio vai basear-se, sobretudo, nas boas prestações que os nossos atletas podem e vão alcançar na prova olímpica. Obviamente que as missões olímpicas são, regra geral, uma mostra do que somos e fazemos, pela voz dos nossos atletas, dirigentes e técnicos.
BC- Não são os eventos internacionais como o Campeonato do Mundo em Peniche ou as ondas grandes da Nazaré que servem para promover Portugal e as suas ondas?
JA - Também são, mas Portugal vai muito além do Campeonato do Mundo ou da Nazaré. Os atletas portugueses participam, ao longo do ano, em diversas provas que, um pouco por todo o lado, permitem levar o nome de Portugal mais longe. Por isso, qualquer um dos nossos atletas é um fantástico embaixador das modalidades da FPS.
BC- O Garrett MacNamara é a figura pública que levou mais longe a Praia do Norte e a Nazaré, mas não estarão as entidades oficiais a confundir as coisas?
JA - Isso não compete à FPS comentar, o que podemos dizer é que temos uma estratégia definida e somos soberanos nas nossas decisões. O próprio COP está perfeitamente alinhado connosco.
Agradecemos desde já a disponibilidade e as respostas esclarecedoras.
Se ainda têm dúvidas, McNamara esclarece mal entendido...
Foto - Record / Pedro Simões
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