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- A par da Fenosa, a Iberdrola e a Endesa exploram a central nuclear de Almaraz...
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Depois da azáfama da semana passada, em torno das descargas e poluição do Rio Tejo, eis que a Iberdrola e a Endesa recusaram vir a Parlamento prestar esclarecimentos sobre a central nuclear de Almaraz. Esta recusa é anunciada no mesmo dia em que foi cancelada sem aviso, a visita de uma delegação portuguesa da Ordem dos Engenheiros à central espanhola.
A audição das duas empresas estava prevista para amanhã na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação. A par da Fenosa, com uma participação mais pequena, a Iberdrola como a Endesa exploram a central de Almaraz.
Contudo, as empresas negaram o pedido dos deputados, remetendo todas as explicações para o Agrupamento de Interesse Económico das Centrais de Almaraz-Trillo, que detém a autorização de exploração de Almaraz.
O Agrupamento respondeu "em minutos" ao requerimento dos deputados, "a dizer que há um processo contencioso a decorrer entre dois Estados-membros e que acha que iria interferir nessa questão", o que não desejava, conta em declarações à revista Sábado o presidente da Comissão Parlamentar, Pedro Soares.
"Ninguém quer que interfiram nas questões que têm a ver com os Estados-membros. Queremos saber qual é a estratégia deles para Almaraz, se há a perspectiva de prolongar o tempo de vida da central ou não. Não era para se pronunciarem sobre o diferendo", afirma Soares. "São empresas que têm interesses cá em Portugal. Deviam ter alguma responsabilidade de responder aos cidadãos portugueses, a um órgão de soberania. Mas têm uma atitude de certo modo pouco colaborante com o Parlamento."
A Iberdrola quer investir 1500 milhões de euros até 2023 na construção de três barragens em Portugal: Daivões, Gouvães e Alto Tâmega. A Endesa tem cerca de 170 mil clientes de electricidade e 30 mil de gás natural no nosso país.
Quando questionado sobre a recusa da gestora de Almaraz em receber uma delegação de engenheiros portugueses, Pedro Soares considerou que as empresas "estão a bloquear qualquer forma de diálogo com Portugal".
Parece que ainda não é desta que o nosso Rio Tejo vai ter descanso...
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