Homepage
- A Força Aérea confirma que a mancha foi provocada “por derrame de combustível” mas ainda não conseguiu detetar a origem da mancha.
-
-
A Força Aérea portuguesa informou esta terça-feira, em comunicado, que foi descoberta uma nova mancha de poluição no mar, entre Portugal e Espanha, provocada pela lavagem de tanques de um navio petroleiro.
A tripulação da aeronave verificou a área e confirmou que se trata de uma mancha de poluição, causada por derrame de combustível. A extensão desta mancha é de cerca de 240 km por 15 km (3.600 km2), com uma taxa de cobertura de 25%. Na prática, traduz-se em cerca de 900 km2 (equivalente a cerca de 126 campos de futebol, para usar uma medida de fácil referência para o público) de área afetada. A manhca foi detetada a noroeste da costa continental portuguesa, apesar de se situar sobretudo em águas espanholas. O porta-voz da Força Aérea, o coronel Rui Roque, explicou ao Observador que ainda não são conhecidos os componentes da mancha de poluição mas que não há risco da mancha atingir as zonas costeiras dos dois países. A mancha parece deslocar-se cada vez mais para norte (Espanha), devido às correntes marítimas.
A Força Aérea e a Marinha portuguesas receberam o alerta no início da semana e enviaram uma aeronave — equipada com sensores para a deteção e avaliação de poluição marítima — até ao local para avaliar a mancha de poluição.
"O Centro de Reconhecimento e Vigilância e Informações da Força Aérea recebeu, no dia 23 de janeiro de 2017 um reporte da European Maritime Safety Agency sobre uma potencial mancha de poluição localizada na zona Norte de Portugal."
A Força Aérea confirma que a mancha foi provocada “por derrame de combustível” mas ainda não conseguiu detetar a origem da mancha. A TSF avança que análises feitas pela Marinha concluíram tratar-se de um hidrocarboneto pouco denso, provavelmente, causado pela lavagem de tanques de um navio petroleiro.
De acordo com o comandante da Marinha Pedro Coelho Dias, a mancha poderá ter sido causada por uma descarga autorizada.
“Ao abrigo da convenção Marpol, existem níveis mínimos admissíveis para os navios poderem fazer descarga de determinadas substâncias, em determinadas quantidades, afastadas no mínimo 20 milhas de costa, desde que pratiquem uma determinada velocidade, desde que a descarga seja feita abaixo da linha de água. De acordo com os elementos de informação que temos neste momento, terá sido uma descarga extensa, mas dentro dos parâmetros autorizados”, sublinha o porta-voz da Marinha.
E agora a nossa redação questiona-se: Marpol? Será esta a sigla para uma convenção de Mar Poluído? Será que queremos mesmo compactuar com estas medidas altamente poluentes? Ninguém critica ou condena estes atos? Já começa a ser um pouco abusivo andarem continuamente a desrespeitar as nossas águas e ainda mais frequente e preocupante é os portugueses nada fazerem. Porque quem nos representa, pelo vistos, está ao abrigo da Marpol.
Este tipo de ocorrências são relativamente comuns. Este mês uma mancha de espuma branca e amarelada — constituída por óleo de palma — foi detetada na costa da Ria Formosa, no Algarve. A capitania do Porto de Olhão investigou o caso mas não descobriu os responsáveis nem se o despejo foi propositado ou acidental.
No passado mês de outubro de 2016, ocorreu um derrame de óleo combustível que poluiu o estuário do rio Sado e um areal com 800 metros de extensão. A Polícia Marítima investigou o incidente e atribuiu culpas à “The Navigator Company”, empresa de fabrico e comercialização de papel.
E como se não bastasse, ainda querem explorar petróleo na nossa costa.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Segue o Beachcam.pt no Instagram
-
