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  • Petróleo em Portugal? Galp faz poço no verão
    19 maio 2016
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  • Se for descoberto crude suficiente é que este poço passa a produtor, mas nessa altura serão necessários mais poços, neste caso, injetores...
  • A Galp vai fazer o primeiro poço de petróleo em águas profundas Portugal este verão, disse o responsável da empresa para a área de exploração e produção de crude, Thor E. Kristiansen, na sua apresentação durante o dia do investidor da empresa, esta manhã em Londres.

    O furo na costa alentejana será o 28.º em alto mar na costa portuguesa e o primeiro em águas profundas.

    Este poço será, contudo, exploratório, ou seja, servirá apenas para a empresa saber se há ou não petróleo no local onde a Galp está a explorar, mais precisamente no Alentejo, em alto mar, numa zona a 80 quilómetros de Sines. Um projeto que partilha com a italiana Eni, também sua parceira na exploração de gás natural em Moçambique e ex-principal acionista da empresa portuguesa durante 15 anos. 

    Se for descoberto crude suficiente é que este poço passa a produtor, mas nessa altura serão necessários mais poços, neste caso, injetores, ou seja, aqueles onde se injeta água para ajudar depois o petróleo preso no fundo do mar a subir.

    Catorze ONG pedem fim da exploração de petróleo e gás no Algarve

    Mas isto são possibilidades. Para já será mesmo feito um poço exploratório para saber se há petróleo, um projeto que pode representar cerca de 100 milhões de dólares (89,8 milhões de euros).  

    A empresa tinha dito, no dia do investidor do ano passado, que este poço iria começar a ser desenvolvido no final de 2015 ou no início de 2016, ou seja, está ligeiramente atrasado face ao que foi dito previamente, o que se pode explicar com os estudos a serem feitos para perceber se vale ou não a pena fazer o furo, dado o investimento que ele representa.

    Vídeo da Green Peace sobre a exploração de petróleo em 2016

    Manifestantes invadem sala da conferência biocombustíveis na Gulbenkian

    Um grupo de dez manifestantes invadiu ontem a sala onde decorria uma conferência sobre o mercado de biocombustíveis, na Gulbenkian, num protesto contra a exploração de petróleo e gás em Portugal, deixando o local após ser identificado pela PSP.

    "Estamos aqui em protesto contra a exploração de petróleo e gás em Portugal, seja na terra ou no mar", disse à agência Lusa um dos manifestantes, que se identificou apenas como Vítor. Os dez manifestantes entraram de surpresa na sala e colocaram-se à frente dos oradores, empunhando um cartaz onde se lia "Nem combustíveis, nem biocombustíveis: contra a indústria energética". Durante a ação de protesto, que decorreu de forma pacífica e durou cerca de 10 minutos, atiraram ao ar dezenas de panfletos com diversas mensagens contra a indústria dos combustíveis.

    A organização da conferência solicitou a intervenção dos seguranças, num primeiro momento, para retirarem os manifestantes da sala, tendo também sido chamada a Polícia de Segurança Pública (PSP) que chegou ao local em poucos minutos.

    Os cinco agentes da PSP não deixaram que os manifestantes deixassem o local do protesto sem antes proceder à sua identificação.

    Os manifestantes recusaram dizer à Lusa se integram alguma organização, referindo apenas que se trata de pessoas pertencentes a "diferentes coletivos" que quiseram participar nesta ação de protesto. Um dos panfletos está assinado como "indivíduos contra a soberania das máquinas".

    Fonte da organização disse à Lusa que esta é a terceira conferência promovida pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) e a primeira em que os trabalhos foram interrompidos.

    "O objetivo destas conferências é apresentar à sociedade os temas relacionados com a energia e os combustíveis. Já houve outros protestos, como no Algarve, mas que decorreram com respeito pelos trabalhos, ao contrário do que aconteceu hoje", afirmou.

    Segundo a mesma fonte, estas conferências visam promover uma "reflexão pública e livre" sobre o setor, sendo normal que haja "discordância e liberdade de expressão" desde que não haja interferência com a ordem dos trabalhos.

    "A ENMC autorizou as explorações de petróleo e gás em Portugal e a Partex é uma petrolífera detida a 100% pela Fundação Gulbenkian que partilha duas concessões 'offshore' no total de oito concessões no Alentejo e Algarve", realçou à Lusa outro manifestante, que não quis ser identificado, para justificar a ação de hoje.

    E outro dos participantes no protesto vincou que "os biocombustíveis são apresentados como uma alternativa ecológica, mas na verdade são também poluentes, além de contribuírem para a desflorestação e de ameaçarem as espécies autóctones das áreas onde são promovidos".

    Este manifestante considerou ainda que "os biocombustíveis têm por trás as grandes empresas petrolíferas" e que "as pessoas deviam pelo menos ser ouvidas sobre o impacto destas explorações na sua vida".

    A conferência da ENMC contava com oradores da própria entidade supervisora, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB), da Biooeste, da BP, da Galp, da Prio e da Torrejana.

    Foto: PEDRO CORREIA/GLOBAL IMAGENS

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