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  • Espanha começou a gerar energia barata com ondas do mar
    27 dezembro 2016
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  • Gerar energia a partir de ondas é sem sombra de dúvidas uma forma limpa, sustentável e amplamente favorável para países como Portugal
  • Está já a decorrer, no litoral espanhol, um teste que visa aproveitar as ondas do mar para gerar energia eléctrica, limpa e sustentável.

    Chama-se projecto Opera e está a ser financiado pela União Europeia. O projecto conta com um protótipo do gerador Marmok, um gerador inovador cujas turbinas podem gerar até 30 kW, individualmente.

    Gerar energia a partir de ondas é sem sombra de dúvidas uma forma limpa, sustentável e amplamente favorável a países como Portugal ou Espanha. Uma costa com forte actividade marítima faz da área um “viveiro” perfeito para este tipo de infra-estruturas. Em Portugal, existem dois grandes exemplos do aproveitamento deste tipo de energia, nomeadamente o Parque de Ondas da Aguçadoura e o Parque de Energia das Ondas em Peniche.

    Uma boa alternativa ao futuro sujo que a GALP e outras empresas querem impor, ao explorar petróleo no Alentejo e em Portugal, uma catástrofe para a saúde das populações locais que nunca foram escutadas, para o turismo e claro, para a Natureza.

    Parque de Ondas da Aguçadoura

    Há 8 anos atrás houve uma experiência com a empresa escocesa Pelamis, na Aguçadoura (Póvoa de Varzim). O Parque de Ondas da Aguçadoura ou Agucadoura Wave Park, que foi também chamado de Okeanós, foi o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas. Neste parque foram projectados três geradores chamados Pelamis instalados a norte da cidade, a 5 km da costa da freguesia da Aguçadoura.

    Na primeira fase (em 2008), denominada Aguçadoura I, o parque estimava produzir 2,25 megawatts, energia suficiente para 1500 casas. No final, a expectativa para o parque era que este se tornasse numa central constituída por 28 máquinas capazes de produzir 24 MW (Aguçadoura II), suficiente para abastecer 250 mil habitantes.

    Parque de Energia das Ondas em Peniche

    Criado pela empresa finlandesa AW Energy e com um custo que rondou os 6,5 milhões de euros, este equipamento começou a ser testado no início de Agosto de 2012, na famosa Praia do Baleal em Peninche, conhecida por ser um dos melhores locais para a prática de surf. A infra-estrutura foi colocada a 900 metros da costa. Com o movimento das ondas é gerada energia eléctrica através do sistema finlandês WaveRoller.

    Projecto Opera

    Começou, no litoral espanhol, em Biscaia, o teste de uma nova tecnologia que tem como objectivo gerar electricidade limpa e sustentável explorando as ondas do mar. Chamado de projecto Opera (Open Sea Wave Operating Experience to Reduce Energy Cost), esta é mais uma iniciativa com financiamento da União Europeia, sob a alçada do programa Horizon 2020.

    Em Agosto deste ano, foi colocado no mar o primeiro protótipo do gerador Marmok, um novo tipo de gerador cujas turbinas podem produzir até 30 kW, individualmente. O segundo protótipo deverá ser ancorado no mesmo local em 2017. O dispositivo é descrito pelos seus responsáveis como um “absorvedor pontual” baseado no princípio da coluna de água oscilante – a força vem das ondas do mar, mas as turbinas são giradas com a passagem de ar.

    Trata-se de uma grande bóia flutuante, com 5 metros de diâmetro, 42 metros de comprimento e 80 toneladas de peso. A bóia, que acomoda duas turbinas com capacidade nominal de 30 kW, fica quase inteiramente submersa.

    As ondas capturadas criam uma coluna de água dentro da estrutura central da bóia, estrutura esta que se move como um pistão pelo movimento de ida e volta das ondas, comprimindo e descomprimindo o ar numa câmara na parte superior do dispositivo. O ar é então expelido pelo topo, onde é aproveitado por uma ou mais turbinas, cuja rotação acciona o gerador de electricidade.

    "Este projecto colaborativo europeu de demonstração da energia das ondas irá produzir dados importantes, que permitirão a próxima fase de comercialização da produção de energia a partir do oceano."

    Referiu Lars Johanning, da Universidade de Exeter e principal investigador do projecto.

    O custo que está implicado na produção da energia neste projecto é um dos grandes trunfos. Segundo a equipa, este sistema tem o menor custo associado de todos os sistemas instalados na Europa e isso permite uma rentabilidade superior. No geral, o projecto Opera pretende desenvolver tecnologias que permitam uma redução de 50% nos custos operacionais em mar aberto, acelerando assim o estabelecimento de padrões internacionais e reduzindo as incertezas tecnológicas e os riscos técnicos e empresariais para adopção da tecnologia em larga escala.

    Fonte: PPLWARE Fotografia: António Silva pelas Ondas da Costa da Morte, na Galiza

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

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