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- Surf & All Included é o nome da exposição de arte no Portuguese Surf Film Festival
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É já no dia 30 de julho que o Portuguese Surf Film Festival abre as suas portas na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira, para a 5.ª edição do festival que traz o melhor do cinema internacional de surf. E como temos vindo a anunciar, a arte inspirada no surf marca igualmente presença com uma exposição única, intitulada “Surf & All Included”.
O surf tem vindo a tornar-se cada vez mais um desporto de inclusão social. São várias as iniciativas que temos visto ao longo dos últimos anos. inclusive os apoios prestados pelo projeto social do Portuguese Surf Film Festival. Temos acompanhado o excelente trabalho desenvolvido no surf adaptado, como aquele que é levado a cabo pela Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral.
“Num país onde o surf é um importante símbolo nacional, encontramos um desporto transversal entre gerações, fés, hierarquias. É ecológico, visceral e primitivo. O surf é simplesmente uma das muitas maneiras de usufruir do ambiente aquático que todos experimentamos na essência. O surf está na alma, está na pele e no coração”, descreve Susana Palha, curadora da exposição.
E é esta a inspiração para a exposição de arte “Surf & All Included”, que estará patente durante o Portuguese Surf Film Festival, a partir de 30 de julho e que se prolongará até ao dia 15 de agosto. Aqui, poderemos ver representadas interpretações inclusivas - algumas feitas propositadamente para esta exposição –, permitindo ao visitante a possibilidade de assimilar diferentes formas de interpretação de um estilo de vida através das artes plásticas. O tema da reciclagem de objetos poluentes das praias e a reutilização de matérias que se transformam em outras estará presente em várias obras, relembrando a importância da proteção do ambiente e da orla costeira.
Estarão presentes nesta exposição artistas de renome e emergentes, nas áreas da ilustração, pintura, escultura e fotografia. Peças originais, todas elas para venda ao público.
Na ilustração, poderemos ver a nova coleção de Lisa Marques, uma artista que já tem marcado presença em edições anteriores do festival. Chama-se " A Vernal Sigh" e inspirasse na beleza feminina, com cores, padrões e outros elementos "girly". Peças que revelam um olhar atento sobre o mar e o surf, enquanto caminho para a autodescoberta e autossuperação. Também Teresa Montalvão marca presença com a marca 13A, inspirada na sua paixão pelo surf, refletindo contrastes de luz, paisagens naturais e a figura humana, com expressões de movimento.
Na pintura, podemos conhecer a obra do artista plástico, multi premiado, Ricardo Passos, com peças arrojadas, naquilo que o artista descreve ser o seu estilo: sarcasmo, provocação e bizarria. Lúcia de Brito Franco apresenta as suas obras construídas através de camadas de tinta, que estruturam diferentes níveis de consciência. Captam experiências que são visualmente inexplicáveis, tais como: a temperatura, a escuridão, o sabor da água, a força das correntes, um encontro ou o cheiro de uma floresta.
Destaque também na pintura para o peruano Pierre Paolo Linares, um publicitário apaixonado pelas artes cénicas, que apresenta a sua coleção "Ecce Hommo”: o ser vulnerável, que se esconde em cada face, em cada olhar, nos lugares privados e na condição humana.
Na escultura, a inspiração é sobretudo a reciclagem e transformação de resíduos encontrados nas praias de Portugal. Podemos ver as peças dos alemães Diana e Philip, que trabalham sob a marca Peace, Shanti & Ahoi Beachart, e de Eduardo Nunes, que desenvolve atualmente o projeto Torno Voador e que prima pelo retorno às artes primitivas e aos materiais brutos. Rui Valentim e Marina Pais compõem também este painel de artistas, com a sua cocriação de Painéis Vivos: peças de arte inspiradas na Natureza, de forma a levar até às pessoas um pouco dessa forma de energia.
As colagens de Filipa Costa, do projeto Surf Leça, refletem composições de um ambiente exótico e fragmentado, com forte influência na ecologia e que remetem para temáticas como a alquimia, a astrologia, a astronomia e a natureza.
Finalmente, na fotografia, o espanhol Kyle Diorio apresenta uma obra inspirada no otimismo melancólico e na beleza modesta das coisas simples e subtis.
Tal como nas edições anteriores do Portuguese Surf Film Festival, este ano o público terá a oportunidade de participar no projeto social promovido pelo festival. Duas peças do designer californiano David R Posey, que faz parte de um coletivo designado The Veschen Project, serão colocadas a leilão. A totalidade dos fundos angariados irão reverter para a associação local Casa da Rita – CREVIDE, que beneficia pessoas portadoras de deficiência e/ou dificuldades específicas de aprendizagem, em virtude de incapacidades temporárias ou permanentes.
A curadoria da exposição está a cargo de Susana Palha, licenciada em Urbanismo e desde sempre ligada às Artes Visuais, com experiência em design de interiores, vitrinismo e visual merchandising. Colabora nesta edição com Luís Carvalho da Associação Cultural ADN, com experiência em organização de eventos.
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