Homepage

  • Portugueses e Noruegueses vão monitorizar o fundo do mar através de wi fi
    19 maio 2016
    arrow
    arrow
  • Projecto pioneiro a nível mundial, tem como objectivo tornar possível o acesso à Internet banda larga em zonas remotas do oceano
  • Um projecto pioneiro a nível mundial e que tem como objectivo tornar possível o acesso à Internet banda larga em zonas remotas do oceano, a mais de 100 km da costa, está a ser desenvolvido por investigadores portugueses e noruegueses. O acesso tem baixo custo e utiliza tecnologias de acesso normalizadas, como o Wi-Fi e o 4G, para suporte à economia azul, incluindo as pescas e o transporte marítimo.

    O objetivo do projecto BLUECOM+, que está a ser desenvolvido pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a MARLO AS (parceiro norueguês), é facilitar actividades como a exploração de recursos minerais no fundo oceânico, monitorização ambiental ou actividades mais tradicionais, como a pesca ou o transporte marítimo, que exigem cada vez mais o acesso a comunicações no mar, de modo a ligar pessoas e sistemas à Internet.

    O conceito do projecto baseia-se na utilização de balões de hélio ancorados, por exemplo, em bóias, embarcações ou parques eólicos, que formam uma rede voadora emalhada de banda larga a operar nas bandas de frequência libertadas pela televisão analógica, de modo a garantir ligações rádio de longo alcance.

    De acordo com Rui Campos, investigador do INESC TEC e coordenador do projecto, a grande novidade do BLUECOM+ assenta em três componentes: a exploração em ambiente marítimo das bandas de frequência libertadas pela televisão analógica, a utilização de combinações de balão de hélio e papagaio que funcionam como pontos de acesso sem fios e repetidores de sinal de elevada altitude, com benefícios para a propagação rádio e alcance das comunicações e o acesso à Internet em banda larga em zonas remotas do oceano usando tecnologias normalizadas.

    “A conjugação destas três componentes vai permitir, por exemplo, que um utilizador numa embarcação a 100 km da costa possa aceder à Internet de banda larga usando o seu smartphone, sem ter que fazer qualquer actualização de hardware ou software no seu dispositivo. Esta é uma novidade à escala mundial e uma alternativa às comunicações via satélite, que são hoje a única solução disponível”, explica o investigador do INESC TEC.

    O projecto, que termina em Dezembro de 2016, tem como objectivo último construir um protótipo da solução de comunicações sem fios e demonstrá-lo em ambiente marítimo, no Verão de 2016, recorrendo a duas embarcações do IPMA que vão funcionar como pontos de ancoragem dos balões de hélio e papagaio.

    “Tendo em conta a escassez de comunicações de banda larga em ambiente marítimo e a actividade crescente no mar, do nosso ponto de vista o potencial económico do projecto é muito elevado”, salienta Rui Campos.

    Na opinião do investigador, a solução desenvolvida poderá ter impacto nos vários sectores da economia azul, incluindo o transporte marítimo, as pescas, a aquacultura offshoreo turismo, a náutica de recreio e a exploração de recursos minerais no fundo oceânico, contribuindo para a dinamização da economia digital em ambiente marítimo e convergência com o cenário de comunicações existente em terra.

    “Sendo este um projecto inovador, a tecnologia desenvolvida tem potencial de exportação e os modelos de negócio que vão ser estudados ainda durante o projecto vão ter aplicabilidade a nível mundial”, conclui o coordenador do projecto.

    O BLUECOM+ está alinhado com a iniciativa TEC4SEA, que o INESC TEC tem vindo a desenvolver desde 2012 com sistemas como o JANUS, que tem como objectivo transformar os barcos de pesca em pontos de retransmissão de sinal de Internet para outras embarcações que não estejam em alcance da rede terrestre, ou o MARBED, uma rede wireless marítima piloto instalada na costa da área metropolitana do Porto.

    O projecto BLUECOM+ é financiado pelos EEA Grants e pela Norways Grants.

    Fonte: GreenSavers

Tags
  • portugal
  • Noruega
  • wi fi
  • fundo do mar
  • BLUECOM+
  • Instituto Português do Mar e da Atmosfera
similar News
similar
setembro 28
Skaters internacionais deram show na maior vert ramp da Europa
setembro 28
Formação de Surf-Salva da SOBRASA visita Portugal em outubro
setembro 28
Kika Veselko e a Liga MEO Surf 2023: 'É difícil dizer que tive pontos negativos'
setembro 28
O verão no outono: temperaturas podem atingir os 37ºC nos próximos dias
setembro 27
Filipa Broeiro conquista etapa canária do Europeu de Bodyboard
setembro 27
Seleção Nacional diz adeus ao SUP Wave no Mundial ISA
setembro 27
Projeto 'SURF.ART' celebra 10º aniversário em outubro com evento especial