Na TUDOR Nazaré Big Wave Challenge 2025/2026, que se disputou no último sábado, o alemão Sebastian Steudtner foi interveniente, mas não em cima de uma prancha a desbravar ondas gigantes, como já sucedeu noutras edições.
Desta vez, o recordista mundial do Guinness da maior onda surfada (26,21 metros) - máximo estabelecido na Nazaré - teve outro desafio, igualmente exigente. Zelou pela segurança dos companheiros de profissão, parceiros de inúmeras sessões naquele mesmo local, onde quebram as maiores massas de água do planeta.
Sebastian tinha sobre os ombros a grande responsabilidade de coordenar a equipa de segurança na água, sempre pronta a atuar nos tensos resgates.
Numa função diferente à que podíamos esperar, ainda que muito importante, Sebastian Steudtner teve uma ação decisiva logo no arranque de um dia que "estava no limite da glória e do desastre". Como tal, exigia-se estar preparados para ambos", segundo Steudtner. Assim aconteceu.
O germânico de 40 anos procedeu ao resgate de Lucas Chumbo após este sofrer um dos mais pesados wipeouts de que há memória nos últimos tempos. A grande celebração do surf de ondas grandes poderia ter ficado estragada nos primeiros instantes.
Felizmente, o wipeout não teve consequências para o big rider brasileiro, que daí partiu para o regresso aos triunfos na prova individual masculina.
"O Lucas estava pronto para a glória e eu para o desastre. Quando começou o primeiro heat, sabia que o Lucas iria com tudo. É o que faz dele quem é: o campeão", escreveu Sebastian Steudtner em publicação nas redes sociais.
O bem-sucedido resgate aconteceu numa zona muito crítica do Canhão, junto às impiedosas rochas. "Nos últimos 10 anos, a minha maior preocupação sempre esteve na possibilidade de alguém ficar nas rochas num dia grande."
Antevendo possíveis momentos de perigo nesse local durante a primeira bateria, Steudtner colocou-se estrategicamente nas imediações. "Eu e a minha equipa dividimos as responsabilidades para esse heat. Decidi ficar perto do primeiro pico. Estou feliz por ter acertado na previsão", conta o vigente recordista mundial do Guinness.
O outro protagonista desta história com final feliz, Lucas Chumbo, viveu o reverso da medalha neste âmbito dos resgates. Depois de recentemente ter resgatado in extremis o compatriota Carlos Burle, agora foi o irmão de João Chianca a necessitar do precioso auxílio.
"Foi um dos wipeouts mais pesados da minha vida. Quero agradecer ao Sebastian por me ter resgatado em frente às rochas. Salvou a minha vida", afirmou Lucas Chumbo no pódio.
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