O aviso à navegação já tinha acontecido há duas semanas no QS2000 de Haleiwa. No primeiro campeonato em que competiu desde as Olimpíadas de Paris'2024 e após ser mãe pela primeira vez, Carissa Moore foi vice-campeã e teve todo um desempenho de excelência.
Agora, para a despedida do presente ano, a campeoníssima havaiana chegou mesmo à vitória, mostrando estar no bom caminho rumo ao CT versão 2026.
No último sábado, a cinco vezes campeã mundial proclamou-se campeã do Pipe Pro, etapa final do QS regional do Havai/Taiti. Foi em Pipeline, a onda rainha do surf mundial, que a primeira campeã olímpica da história do surf regressou aos triunfos. Não poderia ter acontecido num sítio mais especial. Uma onda em que as mulheres têm vindo a ganhar o seu espaço e que agora coroou uma mamã.
Esta foi a primeira vitória de Riss enquanto mãe e teve direito à presença da bebé Olena, cujo o surf faz parte de si, ainda não tinha nascido. Recordemos que Moore já competiu grávida nos últimos Jogos Olímpicos.
Carissa Moore, o marido e a filha Olena
WSL/Tony Heff
Aos 33 anos de idade, Carissa Moore é dona de uma carreira recheada de inúmeros sucessos importantes, mas esta é seguramente uma das vitórias mais especiais. Em Pipeline, onde já tinha vencido a etapa do CT em 2023, Carissa arrecadou à vitória mostrando todas as suas valências enquanto competidora de alto nível.
O mar na joia da coroa do Seven Mile Miracle não estava nada fácil, com o swell de norte. Foi daqueles dias em que a oferta tubular estava bastante escassa.
Todavia, na final, Carissa Morre exibiu uma exímia leitura do mar e fez os únicos dois tubos da contenda, um dos quais atingiu a excelência (8,83 pts) logo nos primeiros minutos. Dois momentos que marcaram a diferença e permitiram obter uma inédita consagração neste QS2000, que não era disputado desde 2021. Numa final quase 100% havaiana, Moore somou uns expressivos 16,66 pts em 20 possíveis.
Carissa Moore
WSL/Tony Heff
A vice-campeã foi outra top mundial e também havaiana, Gabriela Bryan. No North Shore, a natural do Kauai apresentou um nível muito bom, pese embora estivesse sem competir há três meses, altura em que terminou o CT de 2025.
Em busca de repetir o triunfo obtido em 2018, Gabriela aplicou todo o poderio do seu power surf, que tantos estragos tem feito na elite mundial. Porém, os 13,73 pts amealhados não foram suficientes para vergar Carissa Moore, que encontrou o caminho do santo graal de Pipe: os tubos.
No terceiro lugar ficou a desconhecida Ruby Berry, de 18 anos. Com um forte surf de backside, a goofy australiana estreou-se em finais de eventos QS e logo na mais mítica das ondas do surf mundial. Discutiu a vitória na final, com os 12,87 pts anotados. Pontuação que permitiu ficar à frente da havaiana Eweleiula Wong, a grande desilusão da final.
Depois de ter impressionado na caminhada até à grande decisão - fez 18,27 pts nos quartos - a jovem Eweleiula esteve bem mais discreta, não conseguindo finalizar manobras por mais do que uma vez. Talvez demasiado nervosa, a surfista de 20 anos nunca esteve verdadeiramente dentro do heat, não indo além dos 7,00 pts.
Finalistas do Pipe Pro
WSL/Tony Heff
Ainda no seio da família Wong, houve uma passagem de testemunho. Isto porque Moana Jones sucedeu à irmã como campeã QS regional do Havai/Taiti. Uma consolação para a 'Rainha de Pipeline', que era a campeã do Pipe Pro, mas caiu nos quartos-de-final.
Na sequência do título regional, Moana Jones Wong qualificou-se para a próxima edição da Challenger Series, assim como as taitianas Kiara Goold e Aelan Vaast, segunda e terceira classificadas do ranking, respetivamente.
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