A temporada de 2026 no circuito mundial de surf será inevitavelmente marcada pelo regresso da gloriosa velha guarda no setor feminino, o que promete um bonito confronto geracional.
Depois da consagrada 'mamã' Carissa Moore , agora surgiu a notícia do retorno da lendária australiana Stephanie Gilmore, a mais laureada surfista de sempre, com o incrível número de oito títulos mundiais (2007, 2008, 2009, 2010, 2012, 2014, 2018 e 2022).
Assim, estão de volta duas das três surfistas que monopolizaram os títulos mundiais entre 2007 e 2022. São dois dos maiores nomes da história da modalidade e que serão adversárias da 'nossa' Yolanda Hopkins.
Numa altura em que tem 37 anos - completa 38 em janeiro próximo - Steph coloca o ponto final num período sabático bem longo. Teve a duração de dois anos quando inicialmente tinha sido traçado apenas um ano. Tempo que aproveitou para estar ligada ao conceito 'The Search da Rip Curl, viajando pelo mundo com nomes como Tom Curren e o compatriota Mick Fanning. Também criou em conjunto com a Rip Curl (patrocinador principal) duas coleções especiais de surfwear.
WSL/Pat Nolan
"Ao longo dos últimos anos tive oportunidades incríveis e estive mais ocupada do que poderia imaginar. Explorei e fiz coisas. Porém, estou entusiasmada para regressar em 2026 e ver como consigo competir contra as jovens talentosas do CT. Quero ver como lido novamente com estes desafios", explicou Gilmore em comunicado oficial da World Surf League.
Neste recomeço, a veterana australiana tem a perfeita noção das dificuldades que poderá enfrentar. "Quando deixamos de competir a tempo inteiro, conseguimos desligar por completo. Pode ser difícil voltar à mentalidade (n.d.r: competitiva), mas estou entusiasmada para sentir novamente essa energia", referiu a surfista que este ano interrompeu momentaneamente o período sabático para competir na etapa do CT da Gold Coast. Alcançou um honroso quinto posto.
Para consumar este regresso a tempo inteiro à divisão máxima do surf mundial, 'Happy Steph' recebeu um dos dois wildcards de temporada da WSL. O outro ficou na posse da sua velha adversária, a havaiana Carissa Moore. Com os wildcards de época atribuídos, isto significa que a francesa Johanne Defay e a brasileira Tatiana Weston-Webb, que estão a viver a maternidade, estarão ausentes do próximo CT.
CT esse que passará por ondas em que Stephanie Gilmore quer deixar a sua marca. "Competir em ondas fantásticas faz parte do meu objetivo. Pipeline, Teahupoo e Cloudbreak são sítios incríveis para surfar. Quero estar bem nestes locais, onde ainda não obtive grandes resultados. Todo o calendário parece muito divertido", considera a histórica atleta 'aussie'.
WSL/Andrew Shield
O roteiro de 2026 será composto por 12 etapas, que serão disputadas entre abril e dezembro do próximo ano. Tudo começa na Austrália natal, com a visita a Bells Beach. Stephanie vê com bons olhos a muito ocupada agenda. "Será bom ter o calendário preenchido durante o ano. Estou ansiosa para ter uma rotina um pouco mais regular. Veremos onde é que isso me leva".
Para trás, está uma gloriosa carreira, marcado por inúmeras conquistas ao redor do globo. Só Kelly Slater venceu mais em toda a história do circuito mundial de surf. Stephanie Gilmore contabiliza 34 vitórias em eventos do CT, ainda assim acredita que poderia ter feito melhor em cima da prancha.
"Olho para trás e penso sobre todos esses campeonatos em que estive bem que definitivamente poderia ter surfado melhor", entende.
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