Nesta semana que agora termina, não houve notícias de relevo sobre o circuito mundial de surf. É a 'silly season' em todo o seu esplendor. Uma situação totalmente contrastante com aquela que tivemos na semana passada. Foi uma pedrada no charco!
As coisas animaram e de que maneira, criando muita expectativa para a próxima temporada, que tem tudo para ser das mais interessantes nos últimos anos.
De rajada, fomos brindados com sucessivas notícias que anunciaram os regressos de figuras que marcaram profundamente as últimas décadas da modalidade. São surfistas que têm o condão de encherem as praias, seja qual for o ponto do globo, mantendo as pessoas ligadas à competição.
Os quatro wildcards de temporada da World Surf League (WSL) foram atribuídos a quatro ex-campeões do mundo: John John Florence, Gabriel Medina, Stephanie Gilmore, Carissa Moore. Nomes que por diferentes motivos estavam há muito afastados da divisão máxima do surf mundial. A vida prosseguiu, como acontece com tudo, mas as ausências prolongadas deixaram um vazio no CT, que mergulhou num certo sentimento de orfandade.
De repente, a WSL agita as águas, qual swell com potencial, promovendo a reentrada de 19 (!) títulos mundiais. A lista é encabeçada pela lendária Stephanie Gilmore, a mais laureada surfista da história com oito coroas. Segue-se Carissa, com cinco cetros, enquanto John John e Gabes já foram campeões do mundo por três ocasiões. No CT deste ano, não havia ninguém que tivesse um palmarés tão rico. Só o bicampeão Filipe Toledo, também ele um regressado em 2025, aproximava-se destes registos.
A estes impactantes retornos, também não é inocente o facto da próxima temporada assinalar o 50.º aniversário do circuito mundial. Aí é uma vitória da gestão liderada por Ryan Crosby desde 2024. A WSL quer celebrar a datar redonda em grande estilo e isso só pode ser feito com a participação dos melhores dos melhores nas melhores ondas do planeta.
Outro dado a ter conta para o ressurgimento deste quarteto de luxo é outro regresso, o da velha fórmula da temporada corrida a pontos. Curiosamente, todos este wildcards sagraram-se campeões mundiais através do formato de finalíssima, mas alguns não se coibiram de expressar o descontentamento quanto ao modelo que vigorava. Já é passado, desativando uma das bandeiras da anterior administração da WSL, comandada por Erik Logan.
A 1 de abril de 2025 começa uma nova história, com intervenientes e fórmula do passado.
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