Do Saquarema Pro, que terminou no último sábado, os prémios maiores de Yolanda Hopkins foram a inédita qualificação para o CT e a estreia como campeã de etapas do circuito Challenger Series.
Para a primeira surfista lusa a atingir a elite mundial, o bonito ramalhete ficou completo com a subida à liderança do ranking feminino da Challenger Series. É a primeira vez que Yo-Yo assume a dianteira.
No topo da hierarquia, existe agora um empate pontual entre as últimas duas campeãs europeias da World Surf League (WSL): Yolanda Hopkins e o fenómeno francês Tya Zebrowski, de 14 anos, que é a atual detentora do cetro europeu.
Qualificadas antecipadamente para o CT do próximo ano, Yolanda e Tya contabilizam 33 375 pontos. Este é o resultado da super consistência exibida. Em cinco etapas - calendário é composto por sete campeonatos - este duo do velho continente atingiu sempre pelo menos os quartos-de-final.
Nesta temporada de 2025/2026, algo de inédito está a acontecer na história do circuito Challenger Series. As surfistas europeias têm dominado a cena.
Até à data, apenas houve uma etapa que não terminou com vitória europeia, cortesia do sucesso caseiro da top mundial Sawyer Lindblad em Huntington Beach.
O domínio europeu também é bastante visível no ranking. No top 7, que é 'bolha' de qualificação para o CT, somente duas surfistas não são europeias. As exceções são as australianas e ex-tops mundiais Sally Fitzgibbons (3.ª) e India Robinson (7.ª).
No caso português, poderemos ter mais duas surfistas no elenco do CT em 2026. Francisca Veselko segurou o quarto posto da hierarquia e continua bem dentro da zona de qualificação. No Saquarema Pro, onde foi derrotada na ronda 2, Kika já poderia ter fechado as contas em caso de triunfo no 'Maracanã do Surf'. Neste momento, a ex-campeã mundial Júnior da WSL está mais de quatro mil pontos acima do corte de qualificação.
Já a campeã nacional Teresa Bonvalot, também eliminada na ronda 2 no Brasil, baixou quatro lugares na tabela. A competir lesionada na Ericeira e em Saquarema, Bonvalot minimizou as perdas e está bastante perto (menos de 300 pontos) da reentrada no top 7.
Agora, no regresso a Portugal, Teresa será submetida a uma intervenção cirúrgica para debelar o problema no pé direito. Isto para depois atacar na máxima força a reta final deste competitivo circuito.
A Challenger Series enfrenta uma longa paragem. A retoma só acontece em 2026. O regresso ocorrerá entre os dias 29 de janeiro e 9 de fevereiro, com a inédita visita a Pipeline, a onda rainha do surf mundial. Depois, a etapa final disputa-se em Newcastle, na Austrália, a mesma latitude em que arrancou a campanha.
Recorde-se que para as contas finais, contabilizam-se os cinco melhores resultados obtidos pelas surfistas.
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