Estamos em plena contagem decrescente para a decisão do título nacional masculino Open de surf.
A luta final está marcada para a Capital da Onda, palco do Bom Petisco Peniche Pro, entre os dias 24 e 26 de outubro. Trata-se da quinta e última etapa da Liga MEO Surf versão 2025.
Após quatro etapas, um número pouco habitual de surfistas viaja até ao Oeste luso com possibilidades de arrecadar o título máximo do surf português. Um total de 12 (!) atletas estão envolvidos na discussão do cetro nacional.
A extensa lista de candidatos é composta por: Francisco Ordonhas, Luís Perloiro, João Mendonça, Martins Nunes, Tiago Stock, Jaime Veselko, Tomás Fernandes, Joaquim Chaves, Afonso Antunes, Guilherme Ribeiro, Matias Canhoto* e Frederico Morais* (*surfistas com presença ainda não confirmada no Bom Petisco Peniche Pro).
Luís Perloiro é quem chega a Peniche na posse da licra amarela. Todavia é o jovem Francisco Ordonhas que surge como o grande candidato ao título, uma vez que irá assumir a liderança virtual da hierarquia assim que vestir a licra de competição.
Para Ordonhas, atual campeão europeu Júnior da World Surf League (WSL), basta chegar às meias-finais do Bom Petisco Peniche Pro para selar o primeiro título nacional Open da carreira.
Luís Perloiro e João Mendonça também surgem bem posicionados nesta luta, caso Francisco Ordonhas não alcance o objetivo.
No grupo mais intermédio surgem Martim Nunes, Tiago Stock e Matias Canhoto, enquanto Jaime Veselko, Tomás Fernandes, Joaquim Chaves, Afonso Antunes, o campeão nacional em título Guilherme Ribeiro e Frederico Morais estão num grupo de surfistas que precisam de um grande resultado, ficando ainda dependentes de várias combinações de resultados de terceiros e, por isso, com menor possibilidade de vencer esta disputa.
Cenários do Título Nacional Liga MEO Surf 2025
- Francisco Ordonhas assume a liderança virtual do ranking assim que levantar a licra em Peniche;
- Se Francisco Ordonhas chegar às meias-finais (3.º) é automaticamente campeão nacional;
- Se Francisco Ordonhas chegar à ronda 3 obriga os demais candidatos a irem à final ou a vencerem a etapa para estarem na luta, deixando ainda Guilherme Ribeiro, Afonso Antunes e Frederico Morais de fora da corrida;
- Além de Francisco Ordonhas, Luís Perloiro, João Mendonça, Martim Nunes, Tiago Stock, Matias Canhoto, Jaime Veselko, Tomás Fernandes, Joaquim Chaves, Afonso Antunes, Guilherme Ribeiro e Frederico Morais compõe a lista de 12 candidatos ainda na disputa pelo título.
Perante este quadro, o Bom Petisco Peniche Pro surge como uma etapa muito aguardada e onde as expectativas são muito altas. É isso que comprovam os testemunhos de históricos surfistas portugueses, que no passado também chegaram ao topo do surf nacional.
“A meu ver, o João Mendonça, o Luís Perloiro e o Francisco Ordonhas, que tem uma etapa a menos, são os grandes candidatos ao título. O Perloiro porque está com o surf no pé e foi consistente ao longo do ano. O Ordonhas está a passar por uma grande fase na sua carreira, com bons resultados nacionais e internacionais. É um surfista novo e que está a dar cartas em todos os pro juniores que faz. Penso que é um miúdo que vai sem peso para a competição, pois ainda tem muitos anos pela frente. Por outro lado, o João Mendonça é um jovem mais irreverente, com um surf super radical, mas algo de extremos", observou o quatro vezes campeão nacional Ruben Gonzalez.
Já Justin Mujica, campeão nacional em 1999 e 2010, considera ser "muito interessante haver 12 surfistas a disputar o título, pois significa que estão todos a puxar uns pelos outros. Ter esse número de atletas na última etapa é algo de muito bom e positivo para o surf nacional. Não tenho nenhum favorito. Penso que tudo vai depender do dia da final e de quem estiver melhor nesse dia".
Por sua vez, Rodrigo Herédia (campeão nacional em 1993) entende que "haver 12 surfistas a disputar o título nacional na última etapa não é algo muito normal. Penso que o João Mendonça, o Luís Perloiro e o Francisco Ordonhas estão numa situação privilegiada perante outros. Há atletas com menos campeonatos feitos, outros com resultados baixos por trocar, por isso penso que tudo pode acontecer nesta última etapa. Tudo vai depender das condições do mar porque todos estes surfistas têm performances completamente diferentes em função do tipo de ondas".
Na competição feminina, recorde-se que Teresa Bonvalot já garantiu antecipadamente a conquista do sexto título nacional Open da carreira. Tudo aconteceu na etapa açoreana da Ribeira Grande, realizada no passado mês de junho.
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