O projeto Surf Village, que envolve a construção da primeira piscina de ondas artificiais para surf em Portugal, foi apresentado oficialmente na última quarta-feira.
A cerimónia decorreu em Óbidos, precisamente no local em que desde julho decorrem os trabalhos de construção deste empreendimento pioneiro no nosso país.
Presentes na apresentação, estiveram responsáveis do projeto (Surfers Cove), alguns investidores, bem como o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Filipe Daniel, o presidente da Federação Portuguesa de Surf, Gonçalo Saldanha, entre outros convidados.
Toki.pt/SurfersCove
A construção do Surf Village representa um investimento global superior a 25 milhões de euros, que conta com capital privado e fundos comunitários. O projeto arquitetónico é da autoria do atelier Frederico Valsassina Arquitetos e o projeto paisagístico é de João Nunes.
Localizado numa área de cinco hectares, entre a Ericeira, Peniche e a Nazaré, o complexo pretende reforçar a identidade da região Oeste como destino de surf de excelência. A abertura ao público está prevista para o final de 2026.
“O Surf Village pretende ser um marco para o turismo e para o surf em Portugal, criando um destino que combina tecnologia, natureza e hospitalidade, acessível a todos. Foi pensado como um espaço inclusivo que complementa o oceano", refere Manuel Maria Vasconcelos, cofundador e CEO da Surfers Cove.
Manuel Vasconcelos
Toki.pt/SurfersCove
Com capacidade para gerar até 1.000 ondas por hora e mais de 25 tipos diferentes de ondas, a lagoa de surf estará equipada com a mais recente tecnologia da Wavegarden. Esta combina eficiência energética com a capacidade de criar ondas para todos os tipos de surfistas.
“O Surfers Cove irá incorporar as nossas mais recentes funcionalidades tecnológicas para proporcionar aos surfistas a melhor experiência possível. Será uma das primeiras instalações comerciais do mundo a integrar os nossos side shores designs para um desempenho e estética aprimorados, oferecendo uma experiência que se aproxima da sensação de surfar no oceano", explica Josema Odriozola, fundador e CEO da Wavegarden.
Neste âmbito de ondas adaptadas a todos os níveis de surfistas, Marcelo Martins conta que a "Surfers Cove foi concebida para abrir o surf a todas as pessoas: desde quem apanha a primeira onda até atletas de competição. Treinar neste ambiente permite repetição e consistência, impossíveis no mar, acelerando a progressão técnica, aumentando o sucesso e a satisfação do nosso cliente".
O Surf Operations Manager do projeto revela que haverá uma "Surf Academy com planos estruturados para todos os níveis – iniciação, intermédia até alta performance. A combinação de ensino qualificado com esta tecnologia são a melhor receita de formar a próxima geração de surfistas.”
Marcelo Martins
Toki.pt/SurfersCove
Além da piscina de ondas artificiais, o Surf Village integrará um aldeamento turístico de quatro estrelas, com capacidade máxima para 144 camas, distribuídas por 56 unidades de alojamento de tipologias variadas.
A oferta também incluirá restaurante, loja da 58 Surf, skate parks, courts de padel e beach ténis, ginásio, escola de surf, zonas verdes ajardinadas e espaços para eventos corporativos.
Neste momento, já se encontra terminado o primeiro dos bungalows do Surf Village, que irão totalizar 56 unidades de alojamento de tipologias variadas.
O 'Surf Village' deverá criar cerca de 50 postos de trabalho diretos e atingir uma faturação anual estimada em 10 milhões de euros em velocidade de cruzeiro.
O projeto é promovido pela Menlo Capital, com a liderança executiva de Manuel Maria Vasconcelos e Marcelo Martins (Onda Pura Surf Center), em parceria com a Despomar, a Admar, a Draycott, os acionistas do Noah Surf House e do Hotel Areias do Seixo, e outros investidores, como Kanoa Igarashi , atual surfista do CT.
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