Este fim de semana, no seio do surf português, houve mais um atleta ligado ao Alentejo a brilhar ao mais alto nível.
Depois do estrondoso sucesso de Yolanda Hopkins no Saquarema Pro, Camilo Abdula fez bonito na edição de 2025 do Europeu de Surf Adaptado, que se disputou na região espanhola da Galiza, entre quarta-feira e sábado (dia das finais).
O atleta sineense sagrou-se bicampeão europeu de para surfing ao arrecadar a medalha de ouro na categoria Stand 1. A prova foi bastante marcada pela ondulação pequena em Playa de Patos (Nigrán), perto de Vigo, condição que revelou-se um grande desafio para os atletas.
Abdula foi o mais forte numa final que também contou com a presença do compatriota Hugo Madruga, quarto classificado e medalhado de cobre.
No último sábado, com o score combinado de 7,23 pts, o ex-campeão mundial ISA garantiu um apertado triunfo sobre o espanhol Ibon Gurrutxaga, que amealhou 7,17 pts. O metal mais precioso ficou preso por 0,6 pts. No terceiro posto ficou o francês Clement Clavaud (5,57 pts), sendo secundado por Hugo Madruga (3,40 pts), que tinha sido vice-campeão europeu na edição realizada há dois anos.
Conseguido o objetivo de revalidar o título continental, Camilo Abdula não escondeu que esta foi uma vitória bastante emotiva. O triunfo foi dedicado à sua falecida mãe.
"Mais do que um título, esta vitória carrega um peso enorme no meu coração. Este campeonato foi diferente. Sem a presença física da minha mãe, mas é a pensar nela que remei cada onda e acreditei até ao fim. Esta vitória é tua mãe", escreveu o para surfista alentejano em publicação nas redes sociais.
Neste Europeu, para além de Camilo Abdula, Marta Paço também procurava revalidar o título europeu, mas tal não foi possível. A tetracampeã mundial ISA foi medalhada de prata, fruto do segundo posto obtido na categoria VI1, que é destinada a atletas invisuais.
Na final, a consagrada para surfista vianense somou 7,50 pts, ficando atrás da francesa e nova campeã europeia Valentine Moskoteoc (8,56 pts) e à frente da espanhola Carmen Lopez Garcia (5,20 pts).
"Desta vez, tivemos um campeonato bastante complicado do início ao fim. Nas primeiras rondas tive bastantes dificuldades com o mar devido ao facto de estar super pequenino. Na final voltei a não conseguir demonstrar totalmente o meu surf. Apesar das dificuldades e de não ter cumprido na totalidade os objetivos que tinha definido para este campeonato, que era obviamente revalidar o meu título europeu, acho que conseguimos honrar o trabalho que temos feito ao longo do ano. Acho que este segundo lugar foi bem conseguido e trabalhado", analisou Marta Paço em publicação nas redes sociais.
Presente com seis para surfistas no país vizinho, a Seleção Nacional de Para Surfing deixa este Europeu com cinco medalhas individuais.
Na final da categoria Prone 2, o algarvio Pedro Palma sagrou-se vice-campeão da Europa, enquanto Afonso Faria ficou no quarto posto e é medalhado de cobre. Com a pontuação combinada de 11,07 pts, Palma só foi batido pelo espanhol Angel Luis Curiel (12,53 pts). "Ainda a processar o que aconteceu, mas é oficial sou vice-campeão europeu", escreveu Pedro Palma nas redes sociais.
O também espanhol Francisco Javier Feria (8,67 pts) ficou na posse do terceiro lugar, terminando à frente de Afonso Faria (6,10 pts).
Do conjunto orientado por Tiago Prieto, também fez parte Hugo Rocha. Medalhado de bronze no Europeu de 2023, desta vez o para surfista de Santa Cruz não traz nenhuma medalha na bagagem, uma vez que não acedeu à final da categoria Stand 2 masculina.
Encerrada a participação no Europeu de Surf Adaptado, a equipa portuguesa regressa à ação em breve. Dentro de duas semanas, entre os dias 2 e 7 de novembro, disputa-se o Mundial ISA em Oceanside, no estado norte-americano da Califórnia.
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