Há três bodyboarders que, este domingo, estarão na discussão da vitória no Sintra Bodyboard Pro Fest, etapa que integra o circuito mundial e celebra este ano a 29.ª edição.
Este sábado, a campeã nacional Luana Dourado, Filipa Broeiro e Miguel Ferreira avançaram para as meias-finais, estando a um pequeno passo da bateria decisiva.
Em sentido inverso, a campeã europeia Teresa Padrela, Joana Schenker e Mariana Silva foram derrotadas nos quartos-de-final, encerrando no quinto lugar a passagem pela Praia Grande.
Para as cores nacionais, este sábado começou da melhor maneira. Ao bater o experiente marroquino Brahim Iddouch - após duelo pautado pelo equilíbrio - Miguel Ferreira acedeu pela primeira vez às meias-finais do Sintra Pro, a mais antiga etapa do circuito mundial de bodyboard.
“No início do campeonato só queria igualar o meu melhor lugar na competição, um quinto, mas consegui superar. Senti mais pressão nas rondas iniciais, mas aqui os nervos desaparecem porque nesta fase todos são bons e não temos nada a perder. Agora é meias-finais, a mesma abordagem e…tentar fazer história", confidencia o bodyboarder que iniciou a campanha na ronda inaugural e soma por vitórias as cinco baterias que já surfou.
Desde 2014, por intermédio de João Barciela, que um atleta português não fazia pódio no Sintra Pro. Já a única vitória masculina remonta a 2003, cortesia do consagrado Manuel Centeno.
Para ser finalista, o competidor da Linha de Cascais necessita de ultrapassar outro adversário marroquino, no caso Badr Eddine Chajari. Caso leve de vencida o número 6 do ranking mundial, Miguel Ferreira fará a final com um peso-pesado do circuito: o campeão mundial Armide Soliveres ou Pierre-Louis Costes, que procura vencer pela quinta vez o Sintra Bodyboard Pro Fest.
No setor feminino, Portugal chegou aos 'quartos' possuindo a maior representação - cinco atletas - e assim continua nas meias-finais, mas agora com duas competidoras.
A campeã nacional Luana Dourado voltou a brilhar na Praia Grande, exibindo toda a sua conexão com o mar sintrense. Nos quartos-de-final, na vitória sobre a compatriota Mariana Silva, a bodyboarder de apenas 16 anos fez o melhor score combinado da ronda, com 13,75 pts.
A batalha por um inédito lugar na final será com a lendária Neymara Carvalho. 33 anos (!) separam as duas bodyboarders. Este sábado, a laureada brasileira derrotou a ex-campeã mundial Joana Schenker após contenda bastante equilibrada. Foram uns magros 0,5 pts que separaram as duas atletas de diferentes gerações. Schenker, campeã mundial em 2017, ainda não é desta que conquista o Sintra Pro.
Na outra meia-final, haverá o embate entre a local Filipa Broeiro e a surpreendente nipónica Sara Abika, bodyboarder que afastou a campeã europeia Teresa Padrela.
Para ser semifinalista, Broeiro teve de bater outra adversária japonesa, Namika Yamashita. A antiga campeã europeia e nacional fez prevalecer o factor casa e anotou uma vitória de prestígio. Namika chegou à Praia Grande como número 2 do mundo.
Desta forma, Filipa igualou a sua melhor prestação numa etapa do circuito mundial, ainda que já tenha sido finalista do Sintra Pro. Aconteceu em 2021, ano em que o campeonato foi colocado na água, mas não integrou o calendário do Mundial, pois este não se realizou devido à pandemia.
Recorde-se que a última vitória lusa na divisão feminina data de 2009, tendo sido protagonizada pela consagrada Catarina Sousa.
Com três bodyboarders portugueses ainda em competição, perspetivam-se emoções fortes para o domingo das finais. Meia dúzia de baterias estão por realizar. A chamada está agendada para as 10h00 (hora de Portugal continental).
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