Há mais uma australiana a proclamar-se campeã do mundo de surf. Molly Picklum! Na madrugada desta terça-feira, 'Pickles' conquistou o primeiro título mundial da carreira após levar a melhor na finalíssima de Cloudbreak.
Tal como aconteceu no setor masculino com o brasileiro Yago Dora, a destemida 'aussie' chegou ao arquipélago das Fiji como número 1 do ranking e manteve esse estatuto para oferecer à Austrália um título que já fugia há três anos. Esta foi a primeira vez desde 2006 (!) que tivemos uma campeã do mundo australiana fora do binómio Stephanie Gilmore/Tyler Wright.
Porém, se Yago fechou as contas logo na primeira bateria, Molly teve de ir à 'negra' para levantar o tão desejado Duke Kahanamoku WSL Champions Trophy. A adversária foi a campeã olímpica Caroline Marks, que procurava reconquistar a coroa perdida no ano passado.
Duas surfistas que fecharam a temporada regular separadas por quase 21 mil pontos (!), mas que se encontraram para discutir o título mundial no Oceano Pacífico. Vicissitudes de um formato de CT que sai de cena em 2026.
E tudo começou da melhor forma para Marks, que iniciou a disputa sem qualquer margem de erro. Com uma performance sólida, Caroline conquistou o primeiro duelo diante de Molly Picklum. De repente, a surfista norte-americana estava a uma vitória num heat do segundo título mundial na carreira. Por sua vez, Molly via-se obrigada a conquistar o dobro das baterias. Assim fez.
Depois do desaire inicial, a competidora de 22 anos recompôs-se e reencontrou-se com a melhor versão do seu surf para atropelar Caroline Marks. A campeã do MEO Rip Curl Pro Portugal pareceu acusar o desgaste de um dia em que surfou seis heats (!), o equivalente a três horas e meia dentro de água.
Com toda a autoridade, Molly Picklum serviu duas combinações consecutivas (!) à oponente norte-americana, que esteve irreconhecível nesses embates. Depois do triunfo com 12,50 pts, seguiram-se os magros pecúlios de 8,03 e 6,24 pts. Um apagão que chegou na pior altura.
As sólidas pontuações combinadas de 16,93 e 15,83 pts permitiram a 'Pickles' fazer a festa, sendo que ainda juntou as melhores ondas de todo o campeonato, atingindo por duas vezes os 8,93 pts. Exibições magistrais que serviram de corolário a uma temporada ultra consistente por parte desta australiana. Em 11 etapas da fase regular, esteve em cinco finais, conquistando as etapas de Saquarema e Teahupoo.
Para Caroline Marks, esta foi a terceira vez que encerra a temporada como vice-campeã do mundo, a segunda consecutiva.
Não foi possível novo título mundial, mas Caroline voltou a brilhar nas esquerdas de Cloudbreak, que ofereceram poucos tubos durante a jornada.
Numa das suas ondas de eleição, a goofy de 23 anos protagonizou uma bonita história ao iniciar a campanha na primeira bateria do dia, fruto de ter concluída a temporada regular no quarto posto do ranking mundial. Com um surf muito seguro, roçou a proeza conseguida pela campeoníssima Stephanie Gilmore em 2022, que venceu cinco heats de uma assentada para sagrar-se campeã do mundo.
Antes de esbarrar em Molly Picklum, a campeã olímpica começou por bater a havaiana Bettylou Sakura Johnson, estreante na WSL Finals.
As restantes vítimas do seu eficaz surf foram a compatriota Caitlin Simmers, que no ano passado lhe tinha tirado o título mundial, e a havaiana Gabriela Bryan, outra estreante neste evento.
Resultados:
Final heat 3: Molly Picklum (AUS) 16.93 DEF. Caroline Marks (EUA) 6.24
Final heat 2: Molly Picklum (AUS) 15.83 DEF. Caroline Marks (EUA) 8.03
Final heat 1: Caroline Marks (EUA) 12.50 DEF. Molly Picklum (AUS) 10.50
Heat 3: Caroline Marks (EUA) 13.67 DEF. Gabriela Bryan (HAW) 9.47
Heat 2: Caroline Marks (EUA) 14.60 DEF. Caitlin Simmers (EUA) 11.33
Heat 1: Caroline Marks (EUA) 9.66 DEF. Bettylou Sakura Johnson (HAW) 5.00
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