O ciclone tropical Gabrielle poderá deslocar-se em direção a Portugal continental, a partir da tarde de sábado, após a sua passagem pelo arquipélago dos Açores.
Em comunicado publicado no seu portal de internet, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica que, com base na previsão disponibilizada pelo modelo ECMWF (Centro Europeu), "no caso de esta situação se verificar, este ciclone tropical irá aproximar-se da costa portuguesa na categoria de depressão pós-tropical".
De acordo com os dados disponibilizados pelo modelo do Centro Europeu, estão previstos períodos de chuva a partir da tarde de sábado e um "aumento da intensidade do vento nas terras altas e no litoral oeste, o que originará um aumento da agitação marítima".
Pese embora a previsão, o IPMA sublinha que "tendo em conta a distância geográfica e temporal a que o ciclone ainda se encontra, permanece alguma incerteza relativamente à sua trajetória e respetiva intensidade", o que pode originar alterações na previsão atualmente disponível.
Na passada terça-feira, o Gabrielle estava classificado como furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson (de um máximo de 5).
Contudo, nos próximos dias, espera-se que à "medida que se aproxima do arquipélago dos Açores, vá perdendo intensidade, atingindo a região com ventos de força de tempestade tropical ou furacão de categoria 1.
Neste momento mantém-se a previsão de "condições meteorológicas adversas em todo o arquipélago, com precipitação que poderá ser forte, sobretudo nos Grupos Ocidental e Central".
Segundo o IPMA, os "primeiros efeitos deverão começar a sentir-se no arquipélago a partir do final do dia de quinta-feira".
A mais recente atualização das previsões aponta que o centro do ciclone deverá passar entre os grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) na sexta-feira.
Para além da previsão de chuva, está "previsto um aumento acentuado da intensidade do vento, com rajadas entre 120 e 150 km/h, inicialmente de sudoeste, rodando depois para noroeste".
A agitação marítima também será "significativa", com ondas entre 8 e 10 metros de altura, podendo atingir alturas máximas entre 14 e 18 metros (de sudoeste, passando a noroeste).
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