Foi com chave de ouro que a australiana Molly Picklum fechou a temporada regular do CT versão 2025.
No Tahiti Pro, depois de assegurar que vestirá a licra amarela na finalíssima de Cloudbreak, 'Pickles' rematou a irrepreensível campanha com uma vitória categórica.
Aos 22 anos de idade, Molly vence pela primeira vez nos famosos tubos de Teahupoo. Sucede à francesa Vahine Fierro, que curiosamente eliminou nos quartos-de-final.
Assim, Picklum contribuiu para a inédita dobradinha do surf australiano na Polinésia Francesa, uma vez que o compatriota Jack Robinson conquistou, de forma heróica, a prova masculina .
No dia das finais, as senhoras apenas estiveram na água para disputar a bateria na qual estava em jogo o título de campeã do Tahiti Pro. O duelo prometia ao juntar as amigas Molly Picklum e a atual campeã mundial Caitlin Simmers. Duas das mais talentosas surfistas da nova geração, que tomou as rédeas do CT feminino.
Caity Simmers & Molly Picklum
WSL/Beatriz Ryder
Porém, as expectativas saíram furadas. Na famosa bancada taitiana, assistimos a um heat de sentido único ao longo dos 35 minutos de duração.
Dando continuidade à excelente forma evidenciada nas rondas anteriores, a surfista 'aussie' arrasou na final ao conseguir o impressionante score combinado de 17,26 pts em 20 possíveis. Foi um tratado de como surfar as esquerdas tubulares de Teahupoo.
Com duas ondas excelentes (8,83 e 8,43 pts) no pecúlio, Picklum deu-se ainda ao luxo de descartar uma outra nota de excelência, esta de 8,33 pts.
Pontuações que Simmers, apesar do seu reconhecido talento para entubar, não esteve perto de igualar. A prodigiosa norte-americana apenas somou 4,94 pts. "Neste momento, estou confusa e bastante cansada. A maior parte da final estive debaixo de água", explicou.
Assim, a surfista californiana foi vice-campeã do Tahiti Pro pela segunda vez nos três últimos anos. O mesmo tinha acontecido em 2023.
Para a 'intratável' Molly Picklum, esta foi igualmente a primeira ocasião em que conseguiu levar a melhor sobre Caity Simmers em finais de etapas da elite mundial. Vinha de duas derrotas consecutivas, conseguindo agora vingar a épica final perdida nos tubos de Pipeline em 2024.
Molly Picklum
WSL/Beatriz Ryder
Não só por envergar a licra amarela, mas também pelo extraordinário momento de forma que atravessa, 'Pickles' é a grande favorita à conquista do título mundial, que a acontecer será o primeiro da carreira. Está a uma vitória num heat desse objetivo máximo.
Nesta reta final da temporada regular, a destemida surfista 'aussie' elevou o nível e foi finalista nas quatro derradeiras etapas. Conquistou metade desses decisivos embates (Saquarema e Teahupoo).
Para além de Molly Picklum e Caity Simmers (3.ª do ranking mundial), a finalíssima de Cloudbreak também terá a inédita presença das havaianas Gabriela Bryan (2.ª) e Bettylou Sakura Johnson (5.ª). A campeã olimpíca Caroline Marks (4.ª) completa o lote de surfistas qualificadas. O elenco já estava definido antes da realização da final do Tahiti Pro.
A última WSL Finals - o CT muda de formato em 2026 - possui o período de espera de 27 de agosto a 4 de setembro. Disputa-se num único dia de competição.
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