Yolanda Hopkins alcançou, este domingo, o segundo lugar no Ballito Pro, segunda etapa da Challenger Series versão 2025/2026.
Em Willard Beach, onde nunca tinha passado uma bateria, desta feita a bicampeã europeia da World Surf League (WSL) ficou perto de tornar-se na terceira surfista portuguesa a vencer uma etapa deste competitivo circuito.
Não deu para subir ao lugar mais alto do pódio, mas a competidora de 27 anos anotou na prova sul-africana o seu melhor resultado em etapas da Challenger Series.
Depois de um triunfo sólido nas meias-finais diante da jovem brasileira Laura Raupp, que tinha eliminado Francisca Veselko na véspera, a campeã nacional Open em 2019 marcou encontro com a basca Nadia Erostarbe na final.
Em duelo 100% europeu no continente africano - ambas estrearam-se em finais da Challenger Series - a surfista de 25 anos impôs-se, fazendo prevalecer o seu afiado surf de backside.
Numa final equilibrada, a atleta que fez a primeira metade do CT 2025 somou 12,80 pts contra os 10,84 pts da oponente algarvia.
Tal como aconteceu no embate com a campeã nacional Teresa Bonvalot nos quartos-de-final, disputado no último sábado, Erostarbe venceu sem possuir a melhor onda da bateria. Logo na fase inicial da contenda, esta foi obtida por Yolanda Hopkins, com 7,67 pts, numa onda que concluiu com um letal ataque à junção, tão característico no seu surf. Depois, ficou a faltar um backup mais elevado para conquistar o Ballito Pro.
Nadia Erostarbe despertou sentimentos mistos no seio da armada lusa. Se por um lado deixou Yo apeada da primeira vitória na Challenger Series, por outro revelou-se a melhor amiga de Francisca Veselko. Com as vitórias de Nadia perante a ex-top mundial Sally Fitzgibbons e Yolanda Hopkins, Kika mantém o comando e de forma isolada.
Já Yolanda subiu duas posições, ocupando o terceiro posto. Em sentido inverso, a campeã nacional Teresa Bonvalot baixou dois lugares, sendo agora a sexta colocada. Após dois eventos, o trio está dentro da zona de acesso ao CT do próximo ano, que abrange o top 7 da hierarquia. Este é o resultado de um grandioso arranque de campanha, no qual o surf feminino português soma aparições consecutivas nas finais. Feito inédito para as cores nacionais na Challenger Series!
Na competição masculina, que não teve presença lusa neste curto dia final, o sul-africano Luke Thompson obteve uma histórica vitória caseira. Um sucesso que levou ao delírio os presentes nas areias de Willard Beach.
Ao bater o ex-top mundial George Pittar em final emocionante - apenas 0,33 pts separaram os dois atletas - Luke Thompson entrou para a galeria de vencedores de etapas da Challenger Series, sendo o primeiro surfista sul-africano a conseguir tal proeza.
Concluída a segunda de sete etapas desta longa temporada, o circuito está de partida para o estado norte-americano da Califórnia. Entre os dias 26 de julho e 3 de agosto, disputa-se o emblemático US Open of Surfing em Huntington Beach.
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