Entre as senhoras, o início da temporada 2025/2026 do circuito Challenger Series está a ser histórico para as cores nacionais, abrindo boas perspetivas para que haja a inédita representação lusa a tempo inteiro no CT feminino.
A incrível campanha tem sido protagonizada pelas três surfistas que mais têm brilhado, nos últimos anos, a nível internacional: a atual campeã nacional Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins e Francisca Veselko.
Nas duas etapas já levadas a cabo, este trio de luxo chegou às fases mais adiantadas, sendo que houve sempre presença lusa nas finais. É a primeira vez na história do surf português que tivemos finalistas em etapas consecutivas da Challenger Series.
Em Newcastle (Austrália), que recebeu a prova inaugural, Kika Veselko tornou-se na segunda surfista portuguesa a vencer neste competitivo circuito, enquanto Yolanda Hopkins foi vice-campeã do Ballito Pro.
Os grandes resultados alcançados são naturalmente traduzidos nas posições cimeiras que as três competidoras ocupam no ranking. Nesta momento, Kika, Yolanda e Teresa estão dentro da zona de qualificação para o CT do próximo ano.
Olhando para a hierarquia, constatamos que metade do atual top 6 é composto por surfistas portuguesas. Veselko lidera, Hopkins é a terceira colocada e Bonvalot surge no sexto lugar. Este ano, devido ao aumento do elenco do CT feminino em 2026, existe um incremento do número de atletas qualificadas para a elite mundial, passando de cinco para sete.
Neste momento, num ranking feminino dominado pelo surf europeu, Portugal é a nação que possui mais atletas dentro da 'bolha de qualificação'.
Se tudo parece ir de vento em popa no lado feminino, o cenário é bem diferente entre os homens. O arranque protagonizado pelo ex-top mundial Fredercio Morais e o estreante Afonso Antunes foi mais modesto.
Como tal, ambos encontram-se longe dos lugares da frente, sendo que Kikas é o melhor posicionado. O surfista de Cascais ocupa o 36.º posto, a cerca de 4 mil pontos do top 10, que dá acesso ao circuito mundial do próximo ano. Por sua vez, Afonso Antunes surge mais abaixo, no 62.º lugar.
Por disputar, estão ainda meia dezena de campeonatos, numa época que recentemente foi alvo de alargamento por parte da World Surf League. A batalha pela qualificação só terminará em março de 2026, curiosamente em Newcastle, onde tudo começou.
Portanto, muito está por surfar, pelo que tudo continua tudo em aberto. No final, as contas fazem-se com os cinco melhores resultados obtidos pelos surfistas. Não esquecendo que do roteiro consta a tradicional visita a Portugal (Ericeira) e a estreia nos tubos de Pipeline, no Havai.
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