Tivemos de esperar até ao derradeiro heat do Eurosurf de 2025 para vermos Portugal a conquistar medalhas individuais. E caíram logo duas, entre as quais o metal mais precioso. A estas, juntou-se a prata coletiva.
Esta quinta-feira, dia final do certame que decorreu pela terceira edição consecutiva em Santa Cruz, a caparicana Mafalda Lopes sagrou-se bicampeã europeia de surf.
Mafalda, de 24 anos, revalidou o título continental com uma exibição categórica no difícil e desafiante mar da Praia do Mirante. Na final, que dominou, a ex-campeã europeia Júnior da World Surf League (WSL) anotou o maior score combinado da prova feminina, com uns contundentes 15,00 pts em 20 possíveis.
Uma performance que em determinado momento deixou em situação de combinação as três adversárias, entre as quais a jovem compatriota Maria Salgado, que acedeu ao heat decisivo após vitória na final da repescagem.
A competir literalmente em casa na estreia pela seleção nacional no escalão Open, Maria (9,03 pts), de 18 anos, ficou com a medalha de bronze, fruto de ter alcançado o terceiro posto.
Para além das duas medalhas arrecadadas, o facto de terem sido finalistas fez com que Mafalda Lopes e Maria Salgado tenham assegurado a presença no ALAS Global Finals, em El Salvador, com todas as despesas pagas.
Entre as duas surfistas portuguesas, posicionou-se a espanhola Ariane Ochoa (10,54 pts), enquanto a britânica Charlotte Mulley surpreendeu ao atingir a final, onde obteve o quarto posto (8,56 pts).
Neste Eurosurf, que integrou a agenda desportiva da 17.ª edição do Santa Cruz Ocean Spirit, Portugal apenas teve representação nas finais das medalhas entre as senhoras. Em longboard, Raquel Bento alcançou o quarto lugar, num heat difícil em que não se encontrou com o mar.
A vigente campeã nacional somou apenas 1,90 pts na bateria que consagrou a dinamarquesa Thilde Rasmussen como nova campeã continental. No setor masculino do pranchão, o espanhol Nicolás Andrade cantou vitória após uma espetacular reviravolta no último suspiro, que deixou o italiano Federico Nesti apeado do ouro.
Na prova masculina de surf, Portugal chegou ao dia final apenas com Guilherme Ribeiro em competição. À semelhança da compatriota Mafalda Lopes, Gui procurava renovar o título europeu, mas a jornada não correu de feição para o homem da Caparica.
O vigente campeão nacional falhou o acesso à final das medalhas via quadro principal e depois na repescagem, terminando o certame no quinto lugar. Desta forma, Guilherme Ribeiro passou a coroa de campeão europeu ao irlandês Gearoid McDaid, que na edição anterior do Eurosurf tinha sido vice-campeão.
A nível coletivo, Portugal não conseguiu revalidar o título europeu. Ao contrário do que sucedeu em 2023, desta feita não foi possível dar a volta ao texto no derradeiro dia de prova. Composta por oito competidores, a seleção nacional teve contentar-se com a medalha de prata.
Com 805 pontos de vantagem, a congénere espanhola fez a festa no Oeste luso. O pódio ficou completo com o surpreendente bronze conquistado pela República da Irlanda, que deixou para trás a Inglaterra, Itália e Países Baixos.
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