Ao segundo dia do período de espera, a World Surf League (WSL) deu luz verde para que o histórico US Open of Surfing lá fosse para a água.
Em Huntington Beach, palco da terceira etapa da Challenger Series versão 2025/2026, o cenário permaneceu igual ao que já se verifica há quase uma semana: ondas bem pequenas.
Condições que tornam HB ainda mais desafiante, nesta que é uma praia que está muito long de ser a mais favorável para as cores portuguesas. Esta quinta-feira, essa tendência voltou a sentir-se com as eliminações precoces de Frederico Morais e Francisca Veselko. Todavia, há uma exceção, que é protagonizada por Afonso Antunes.
Afonso, de 21 anos, foi novamente feliz nas ondas que quebram junto ao famoso pontão. Depois de ali ter conquistado o bronze da categoria Sub-16 do Mundial ISA Júnior de 2019, o surfista luso voltou a dar-se bem nas águas da icónica praia californiana, com a passagem à segunda ronda.
Na segundo heat da ronda inaugural, o filho do ex-campeão nacional João Antunes mostrou-se conectado com o mar pequeno, conseguindo um sólido desempenho. Com 9,80 pts, Afonso alcançou o segundo posto. Só o ex-top mundial e vencedor do heat, Kolohe Andino (12,00 pts), assinou uma melhor performance. O sul-africano Connor Slijpen (7,97 pts) e o australiano Tully Wyllie (7,00 pts) disseram adeus ao evento norte-americano.
Quem também já não está em prova é Frederico Morais, que não tem sido nada feliz em Huntington Beach. Desde 2017 que Frederico não supera a ronda inaugural do US Open, caindo de primeira há seis participações consecutivas.
Na sétima e penúltima bateria da ronda 1, Kikas não foi além do terceiro posto, com 7,96 pts, ficando atrás do vencedor Adin Masencamp (11,83 pts) e do 'aussie' Dakoda Walters (9,10 pts). O sul-africano Thomas Lindhorst (5,77 pts) foi o outro surfista que ficou pelo caminho.
Frederico ficou a precisar de uma onda com pouco mais de 4,00 pts para seguir em frente. Porém, como já disse anteriormente a compatriota Yolanda Hopkins, por vezes o mais difícil é conseguir scores baixos. A tarefa fica ainda mais difícil quando há escassez de ondulação, como tem acontecido em Huntington Beach.
No lado feminino, logo na bateria inaugural da ronda 1, Francisca Veselko também foi afastada a necessitar de uma onda pouco acima de 4,00 pts.
Kika fez o score combinado de 6,80 pts, fechando o embate na quarta posição e deverá perder a liderança do ranking feminino. A germânica Noah Klapp também foi arredada do campeonato norte-americano. Por sua vez, a costarriquenha Leilani McGonagle (8,20 pts) e a peruana Daniella Rosas (9,03 pts) seguiram para a ronda 2.
Essa é a fase da competição que vai ditar a estreia de Yolanda Hopkins e da campeã nacional Teresa Bonvalot, que beneficiam do estatuto de cabeças de série. No quinto heat, onde está em jogo o acesso aos oitavos-de-final, Yo encontra a prodigiosa gaulesa e campeã europeia Tya Zebrowski, a australiana India Robinson e a havaiana Vaihitimahana Inso.
No confronto imediatamente a seguir, Teresa Bonvalot divide o lineup com a brasileira Sophia Medina, a jovem norte-americana Eden Walla e a havaiana Keala Tomada-Bannert.
Por sua vez, na bateria 4 da segunda ronda masculina, Afonso Antunes mede forças com dois antigos tops mundiais, George Pittar e Eli Hanneman (vencedor do US Open em 2023), e o australiano Xavier Huxtable.
A edição de 2025 do US Open of Surfing tem o período de espera até domingo. Com somente três dias pela frente, fazem-se contas para que seja possível terminar o campeonato dentro da janela de espera. Para 'levar o barco a bom porto', a organização poderá ter que recorrer a alterações nos moldes da prova.
Através da rede de livecams, podes visualizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.
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