É a grande figura da prova masculina do Gold Coast Pro, sexta etapa do CT de 2025. De seu nome, Julian Wilson. Um velho conhecido, mas que agora surge na sua versão 2.0.
Beneficiando de um wildcard por ter vencido os trials, o antigo vice-campeão do mundo tem sido uma barreira intransponível para quem tem estado consigo dentro de água, na fase do 'mata-mata'.
Aos 36 anos de idade, o surfista australiano diz estar forte e com fome de competição: "Sinto que tenho uma tonelada de energia. Nos últimos anos, toda a minha energia ficou concentrada e agora está pronta para ser entregue no maior palco."
Careca, qual Kelly Slater, Jules está bem dentro da luta pela vitória em Burleigh Heads, o que a concretizar-se seria uma proeza notável por parte de alguém que já não vestia a licra na elite mundial há quatro anos.
Esta sexta-feira, o surfista que este ano regressa à competição a tempo inteiro deu novamente nas vistas a cada incursão no mar. "Estou apenas a deixar fluir e penso que está a resultar", explica em comunicado da World Surf League (WSL).
Esta sexta-feira, o vencedor do Gold Coast Pro em 2018 começou por eliminar o campeão deste mesmo evento em 2019: o brasileiro Italo Ferreira, que lidera atualmente a hierarquia mundial.
"Não surfei muitas baterias contra o Italo. Quando estava no CT, este era sempre um duelo que desejava. O Italo tem sido incrível na primeira metade do ano e é obviamente o número 1. Foi uma grande oportunidade para mim defrontar o homem a derrotar", diz o surfista que nunca perdeu com Italo Ferreira em fase 'man-on-man' no CT. São meia dezena de triunfos em outros confrontos.
Embalado pelo sucesso diante do campeão mundial de surf em 2019, depois Julian não deu hipóteses ao rookie francês Marco Mignot, com uma performance de excelência nos oitavos-de-final.
O vencedor de cinco etapas no CT conseguiu a melhor onda (9,50 pts) e melhor pontuação combinada de todo o campeonato (18,00 pts), até ao momento.
"É incrível e está além dos meus sonhos. Pensei que iria manifestar algo assim e chegou muito rápido. Sinto que estou a crescer com o avançar do evento. Fiquei surpreendido com algumas destas performances. É uma boa sensação fazer isso diante dos meus filhos e da minha família", entende o homem que foi um dos representantes do surf australiano na estreia da modalidade nas Olimpíadas (Tóquio'2020).
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