Gabriela Bryan conquistou este sábado o El Salvador Pro, quarta etapa do circuito mundial de surf de 2025.
Nas direitas de Punta Roca, que encaixaram perfeitamente no seu poderoso power surf, a surfista havaiana alcançou a segunda vitória da carreira em etapas da elite mundial, depois do triunfo registado no ano passado nas ondas de Margaret River.
Desta forma, a surfista treinada por Richard 'Dog' Marsh, o mesmo técnico de Frederico Morais, vingou a final perdida em El Salvador em 2024, então diante da campeã olímpica Caroline Marks.
Neste dia final em Punta Roca, que voltou a entregar boas ondas, mas em ritmo lento, a nova vice-líder do ranking começou por derrotar a atual líder da hierarquia, a campeã do mundo Caity Simmers.
Nesse confronto, Bryan somou 10,16 pts e atirou Simmers (9,67 pts) para fora do evento da América Central, numa derrota amarga para a prodigiosa surfista norte-americana.
É que a competidora de 19 anos fez a melhor onda do heat com 7,67 pts e tinha o magro requisito de 2,49 pts para seguir em frente, mas não conseguiu encontrar uma onda com potencial, ficando pelo caminho.
Na outra meia-final, Isabella Nichols (13,33 pts) com uma correta escolha de ondas saiu vencedora da disputa 100% australiana diante de Molly Picklum (8,27 pts).
Tal como tinha acontecido em Peniche, 'Pickles' mais uma vez não capitalizou a derrota de Caity Simmers para vestir a licra amarela. Com a eliminação de Caity nas meias, Molly estava obrigada a vencer em Punta Roca.
Depois, na final entre duas antigas rookies do ano, tivemos a reedição da bateria decisiva do Margaret River Pro de 2022, mas com um desfecho diferente. O embate foi bastante equilibrado durante os longos 45 minutos de disputa.
A estreante do ano em 2022 superiorizou-se à rookie do ano em 2021, com a particularidade de que foi obrigada a trocar de prancha durante o duelo. Em boa-hora tal aconteceu, pese embora as saudades confidenciadas por Gabriela em relação ao equipamento danificado.
É que a onda da vitória foi efetuada pela surfista do Kauai com a prancha de substituição. A mudança de prancha deu-se perto dos 10 minutos finais. No meio da tensão do momento, Bryan manteve a calma para voltar a aplicar o seu letal power surf e operar a reviravolta, com uma onda a roçar a excelência (7,83 pts). A onda feita com a outra prancha, logo a abrir a final, foi de 6,50 pts.
Tudo somado o score da havaiana foi de 14,33 pts contra os 11,74 pts de Isabella Nichols. Como utilizou duas pranchas, Gabriela foi levada em ombros com os dois equipamentos atrás de si, numa imagem pouco vista no surf de competição.
Esta acabou por uma saborosa prenda de aniversário para Gabriela Bryan, que completou 23 anos na passada quarta-feira e é nesta fase uma das surfistas em melhor forma no CT feminino.
Em quatro etapas já realizadas só por uma ocasião é que não chegou às meias-finais. Foi finalista vencida do MEO Rip Curl Pro Portugal e agora subiu ao topo do pódio de um evento em que foi a autora da mais alta pontuação combinada (17,40 pts) e da melhor onda (9,23 pts).
Palavra ainda para Isabella Nichols. A surfista australiana conseguiu o melhor resultado da época até ao momento e deu um importante passo para ficar acima do cut: subiu cinco posições e é agora a sétima colocada.
Este não foi um campeonato fácil em termos emotivos para Bella, uma vez que o facto de ter avançado até às rondas finais impediu a sua presença no casamento da irmã gémea Helena, que trocou alianças este sábado.
Concluído o El Salvador Pro, o CT vai agora embarcar para a Austrália, onde ficará no próximo mês e meio.
Como não poderia deixar de ser em tempo de Páscoa, a primeira de três etapas que dão forma à perna 'aussie' é o histórico Rip Curl Pro Bells Beach, com o período de espera de 18 a 28 de abril.
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