Frederico Morais passou praticamente todo o inverno sem surfar devido à fratura do tornozelo direito, em dezembro último, durante uma sessão de free surf no Guincho.
Foram três longos meses arredado das ondas e consequentemente sem fazer aquilo que mais gosta. Agora, na sequência de uma "recuperação que tem corrido bem", tudo está a voltar paulatinamente à normalidade.
"Tenho estado a surfar mais regularmente. Acho que é quase uma evolução diária. Todos os dias uma pessoa sente-se um bocadinho melhor e dá para puxar um pouco mais", confidencia o top 10 mundial em 2021.
É nesta ascendente curva que Kikas vai participar no terceiro campeonato em sensivelmente um mês.
Depois das aparições no MEO Rip Curl Pro Portugal e na etapa inaugural da Liga MEO Surf (Figueira da Foz), Frederico volta a vestir a licra de competição. Desta vez bem mais perto de casa, na Costa de Caparica.
Morais vai participar no Caparica Surf Fest, sexta e última etapa do QS regional europeu de 2024/2025. "Vai ser um bom desafio surfar na Caparica e sentir aquela ansiedade, o nervoso miudinho de competir", disse o três vezes campeão nacional Open em conversa com o MEO Beachcam à margem da conferência de imprensa de apresentação do decisivo evento caparicano, que teve lugar na manhã desta segunda-feira na Praia do Paraíso.
"Acho que é fundamental qualquer oportunidade que tiver para vestir a licra. Não interessa ganhar ou perder. É só criar aquela rotina. Sentir aquele ambiente (ndr: competitivo) faz a diferença. Volta a trazer memórias e vontades que estão aqui escondidas", explicou o surfista de 33 anos.
Livre das contas da qualificação para a Challenger Series deste ano, está qualificado automaticamente por ter sido top mundial em 2024, Frederico diz estar "completamente relaxado" e sem "qualquer pressão". É "apenas meter o surf no pé" durante a semana que agora começa.
Surf no pé, mas ainda utilizando a bota branca de proteção. "Ontem, fiz quatro meses de operado. Apesar de já ter passado um mês de Peniche, tudo continua muito recente. Enquanto o doutor disser que tenho de usar a bota, irei utilizar", referiu.
Com a luta pelo acesso ao CT a ter apenas início agendado para junho na Austrália, Frederico Morais falou um pouco sobre o que se segue após o QS3000 da Caparica, num roteiro que vai incluir uma passagem pelas ondas nortenhas.
"Vou fazer aquilo que sentir que é o ideal para mim. Todas as etapas que consiga fazer é importante, pois estive três meses sem surfar. Estou super motivado para este ano. Ainda não planeei a minha viagem para a Austrália, mas com certeza irei competir no Porto (ndr: etapa da Liga MEO Surf) e a partir daí acho que estarei de partida para a Austrália", revelou.
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