Começou da melhor forma para o surf português o segundo dia de competição do MEO Rip Curl Pro Portugal, nesta que é a terceira etapa do circuito mundial de surf de 2025.
Bem cedo na manhã deste domingo, logo na bateria inaugural do dia em Supertubos, a convidada Yolanda Hopkins conseguiu a passagem à ronda 3 da etapa lusa, fruto da vitória na ronda de repescagem.
A bicampeã europeia da World Surf League (WSL) está assim entre as 16 melhores surfistas desta que é a única etapa europeia da presente temporada.
Depois de ter ficado às portas da passagem direta na véspera, desta feita tudo saiu de feição à campeã nacional Open em 2019 desde o toque da buzina.
Num mar cada vez mais pequeno no mais famoso beach break do Oeste luso, a bateria foi decidida com pontuações combinadas baixas.
Yolanda Hopkins fez o score combinado de 8,50 pts, pontuação que permitiu bater por 0,17 pts a rookie norte-americana Bella Kenworthy (8,33 pts), também apurada para a ronda 3.
No terceiro posto e eliminada precocemente da competição ficou a costarriquenha Brisa Hennessy (5,30 pts), que mais uma vez não leva boas recordações competitivas de Peniche: o ano passado perfurou um tímpano no Molhe Leste.
"A estratégia foi começar a bateria rapidamente. No dia anterior, não tive sorte ao ficar presa no banco de areia. Só queria fazer alguns scores para não ter aquela pressão. Consegui fazer uma boa direita que deu um score mais ou menos, depois estava à procura de backup e estava um bocado difícil de encontrar. Fiz uma manobra de backside que pensava que seria um pouco mais alta. Não foi o score que queria. Fiquei à procura de uma onda para aumentar o backup ou bloquear as outras raparigas. Todas sabem surfar muito bem, estamos no campeonato do mundo. Sabia que ia ser um heat difícil", explicou a única diplomada olímpica do surf português em conversa com os jornalistas após o término da bateria vitoriosa.
A surfista portuguesa falou ainda sobre o modo como lidou com o resultado da véspera, onde ficou apenas a 0,33 pts de conseguir desde logo atingir a terceira ronda.
"Fiz um completo reset. Fui para a sessão de autógrafos da O'Neill, o que deu para desanuviar e passar tempo com os fãs. Foi muito bom. Logo de seguida, fui dormir e acordei bastante cedo. Fiz o meu free surf só com a lua. Ontem à noite, estava pronta para a desforra. Não fiquei muito mal do mindset", revelou.
Na ronda 3, já a disputar em formato 'woman-on-woman', Yolanda tem agora pela frente um teste de fogo. Na quinta bateria, a adversária é nada mais, nada menos do que a campeã mundial e líder do ranking Caitlin Simmers. Oponente que a surfista algarvia já defrontou na ronda inaugural.
Tal como em 2023, quando foi wildcard pela primeira vez, Hopkins defronta na ronda 3 a vigente campeã do mundo e detentora da licra amarela.
Na altura esse privilegiado estatuto estava na posse da consagrada Carissa Moore, que Yolanda derrotou em Supertubos, provocando a surpresa. Será este um prenúncio do que aí vem? Diz-se que história repete-se.....
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