Esta sexta-feira, dando continuidade ao verificado nos últimos dias, Supertubos esteve em modo clássico, naquele que foi o ensaio geral dos tops mundiais para o MEO Rip Curl Pro Portugal, terceira etapa do CT versão 2025 e cujo período de espera começa já este sábado.
Com tamanha dádiva da natureza, a vontade por parte da elite mundial era mais do que muita em continuar dentro de água, desfrutando das altas ondas que quebravam, umas atrás das outras.
Que o diga Italo Ferreira, que chegou como vencedor da etapa anterior (Abu Dhabi) e líder do ranking mundial a um país do qual tem "boas memórias".
Número 1 da hierarquia, mas o último a chegar à conferência de imprensa de lançamento da prova lusa, que decorreu na manhã desta sexta-feira em plena Praia de Supertubos.
O goofy de 29 anos chegou atrasado, mas ainda assim na "hora certa" para tomar a palavra de imediato. Para trás tinha ficado o free surf. "Tive de pegar uma onda reta, uma vaca (wipeout) porque estava no meu horário".
"Venho de uma vitória e isso realmente dá-me muita confiança. Motiva-me cada vez mais", começou por dizer o surfista brasileiro, que já venceu por duas ocasiões (2018 e 2019) na Capital da Onda.
O ano passado, o natural da Baía Formosa ficou às portas da segunda coroa mundial da carreira, tendo sido vice-campeão. Um tónico, revela. "Fiquei tão perto e isso deixou-me com um pouco mais de ganas".
Depois, à margem da conferência e em diálogo com os jornalistas, o primeiro campeão olímpico da história não escondeu as diferenças face ao passado, numa temporada em que completa 10 anos de atividade no circuito mundial de surf. Curiosamente, o mesmo número que possui ao nível das vitórias em etapas.
"O Italo do passado não estava nem a 90% do que sou hoje. Estou mais inteligente, fazendo boas escolhas e boas decisões. Aproveitar os momentos e fazer as coisas com calma, sem ansiedade. Comecei muito bem o ano. Nos dois anos em que fui vice, comecei muito mal. Este ano, meti na cabeça que queria começar de forma diferente. Sinto-me muito bem mentalmente, fisicamente e com toda a equipa que está por detrás faz com que me sinta mais leve e confiante", disse o campeão do mundo em 2019.
"Não me coloco numa posição em que sou melhor do que os outros. Tento ser melhor do que eu a cada dia. Automaticamente isso vai traduzir-se em resultados e ter um propósito no fim", afirmou o competidor que será um dos oponentes do português Frederico Morais na ronda 1.
O ex-campeão mundial ISA falou igualmente sobre a sua parceria com o havaiano Rainos Hayes, que desde a última temporada desempenha a função de treinador do 'Brabo'. Um trabalho de equipa que nem sempre foi fácil.
"O Rainos tem ajudado bastante. Agora, acho que estou um pouco mais aberto para o que fala. O ano passado, acabei por bater um pouco de frente, com a teimosia. Baixei a guarda e estou a ouvir um pouco mais, respeitando o ambiente e o momento dele na hora em que fala o que tem de ser feito. Isso é bom. Acabo por aprender que alguns detalhes fazem muita diferença. O ano passado, perdi por causa do detalhe e isso custou muito caro", analisou.
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