Frederico Morais foi o primeiro surfista português a estrear-se no MEO Rip Curl Pro Portugal, terceira etapa do circuito mundial de surf de 2025.
Na sexta bateria da ronda 1, Kikas terminou no terceiro posto, o que significa que jogará na repescagem a continuidade em prova, ronda a ser disputada ainda este sábado nas ondas de Supertubos. Os dois adversários estão por definir.
Apesar de sentir dores no pé direito - utilizou bota de proteção e tem placa com oito parafusos - Frederico mostrou-se em bom plano dentro das limitações. No embate com o brasileiro Italo Ferreira e o rookie havaiano Jackson Bunch somou 8,94 pts, tendo estado na discussão da passagem direta à ronda 3.
Este heat não só significou o momentâneo regresso de Morais à elite mundial, usufrui de wildcard, mas também é o retorno após longo período de lesão, na sequência da fratura do tornozelo direito em dezembro último. Apenas há semana e meia voltou a meter o pé na prancha.
"Senti-me bem e consegui fazer uma boa nota, um 5,17 pts. Perdi ali uma onda no limite, que podia ter feito a diferença. Foi bom regressar à competição e surfar num heat difícil. Tanto o Jackson como o Italo fizeram boas notas. Se calhar noutros heats desta ronda, com o score que fiz, teria passado", explicou o três vezes campeão nacional Open em conversa com os jornalistas após o heat.
No mais famoso beach break do Oeste luso, a bateria ficou marcada pelos aéreos de Italo Ferreira, que fez o melhor score combinado (16,43 pts) da competição até ao momento, e de Jackson Bunch (11,30 pts), que desde cedo mostrou-se bem conectado com o mar. Só perdeu o comando devido à ponta final voadora de Italo, que com dois aéreos saltou do terceiro para o primeiro posto.
A luta no ar acabou por ser desigual, uma vez que Frederico Morais está impossibilitado de dar aéreos por ainda ainda não estar a 100% em termos físicos. Jogou com as armas que dispõe, o seu característico surf de rail.
"Vou ser honesto: quando os vi tentar, também fiquei com vontade, mas deu-me um flashback de ficar com o pé de lado e disse: vou-me aguentar. Faz parte. Lá está, a recuperação é um processo demorado e tem de ser bem feita", referiu o antigo top mundial.
Segue-se a repescagem e o surfista de 33 anos assegura que é para "ir com tudo", uma vez que "está tudo em aberto". Os dois adversários que terá pela frente estão ainda por definir.
Antes, ainda teremos a entrada em cena da também wildcard Yolanda Hopkins, neste caso na ronda 1 feminina. A campeã nacional Open em 2019 vai competir por volta das 15h00 (hora de Portugal continental).
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