No surf de competição é muito raro um competidor que consegue uma nota máxima (10,00 pts) não levar de vencida o heat, particularmente se o seu adversário não atingir igualmente a perfeição.
Porém, como em tudo, há situações que contrariam a 'regra'. Vimos isso no último Pipe Pro, etapa inaugural do CT 2025, quando o australiano Jack Robinson perdeu o duelo com o rookie mexicano Alan Cleland, não obstante a nota máxima anotada.
Agora, voltámos a verificar tal desfecho no Layback Pro Joaquina, evento que encerrou a temporada de 2024/2025 do QS regional sul-americano e definiu as 10 vagas (7 homens + 3 mulheres) desta zona do globo para a Challenger Series deste ano.
Na final masculina, disputada no último domingo, o brasileiro Heitor Mueller abriu do jeito que todos os surfistas ambicionam. Fez uma nota perfeita (10,00 pts), graças um gigante alley-oop.
Porém, tal não contribuiu para a vitória do surfista de 20 anos neste campeonato com estatuto QS3000, disputado pela primeira vez nas ondas da Praia da Joaquina, em Florianópolis, na ilha de Santa Catarina.
Ao cabo de 35 minutos de surf, Mueller somou 16,77 pts em 20 possíveis, pontuação combinada que daria para vencer todas as restantes baterias da prova masculina.
O problema é que o compatriota e ex-campeão mundial Júnior da WSL Lucas Silveira respondeu à nota máxima com o score de 19,37 pts. Um verdadeiro tratado de surf numa das melhores finais do ano, com duas notas excelentes (9,50 pts e 9,87 pts).
Lucas Silveira
WSL/Marcio David
A última das quais na sequência de um layback, homenageando da melhor maneira o nome do campeonato catarinense.
"Foi a melhor bateria da minha vida, sem dúvida", referiu o novo campeão do Layback Pro. "Esta bateria foi surreal. Foi emocionante do início ao fim", disse Heitor Mueller.
Entre as senhoras, a brasileira Laura Raupp tornou-se no primeiro nome a bisar em toda a história do Layback Pro. Laurinha repetiu o triunfo alcançado em 2021, então com apenas 15 anos, derrotando Daniella Rosas na final.
A olímpica peruana vinha num grande momento de forma, pois tinha conquistado as duas etapas anteriores do QS regional sul-americano, disputadas em Señoritas (Equador) e Taíba (Brasil).
Raupp sagrou-se igualmente pela primeira vez campeã regional sul-americana, enquanto nos homens o título ficou na posse de outro antigo campeão do mundo Júnior da WSL, no caso o brasileiro Lucas Vicente.
Laura Raupp
WSL/Marcio David
Os surfistas qualificados para a Challenger Series 2025 foram:
Masculino
Lucas Vicente
Feminino:
Laura Raupp
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