É já dentro de menos de um mês que os melhores surfistas do mundo voltam a visitar o nosso país para participarem no MEO Rip Curl Pro Portugal, a etapa lusa do circuito mundial de surf.
Atualmente a recuperar da fratura do tornozelo direito sofrida em dezembro último durante uma sessão de free surf no Guincho, Frederico Morais não esconde que apesar do contexto pensa num dos dois wildcards disponíveis no setor masculino para o evento de Supertubos.
À margem da sua visita ao TUDOR Nazaré Big Wave Challenge, o antigo top mundial confidenciou aos jornalistas presentes que ambiciona participar na terceira etapa do CT versão 2025, cujo período de espera é de 15 a 25 de março.
"Peniche é, sem dúvida, uma meta. Indo ou não, funciono muito assim: meter metas, traçar um objetivo concreto para trabalharmos e dar alento, neste caso em momentos mais chatos. Se Deus quiser, consigo competir", referiu Kikas, que no passado já foi brindado com convites para a competição portuguesa, o último dos quais em 2023, ano em que também não integrava o elenco permanente da elite mundial do surf.
Em pleno processo de recuperação de lesão, "lindamente" é assim que Frederico diz que se sente por estes dias, assegurando que tudo "está muito bem encaminhado".
"Felizmente tenho um pai fisioterapeuta que costuma fazer milagres. Espero que esteja a fazer um no meu tornozelo. Faz agora 9/10 semanas desde que fui operado. Consigo andar perfeitamente. Faço a minha vida normal. Desde conduzir a ir ao ginásio."
Evolução notória após um período que não foi fácil. "Inicialmente, senti muita falta da minha independência. Estava sentado no sofá e a minha mulher tinha de trazer todas as refeições. Nas primeiras semanas até é engraçado - senti-me meio rei - mas depois às tantas não temos qualquer independência. Agora foi bom ganhar novamente essa independência", explicou.
Arredado da água há mais de dois meses, Morais não esconde que "não poder surfar é o mais difícil" até porque parece que os infortúnios acontecem quando as "ondas ficam boas".
"Temos um tido um inverno bom e bonito, repleto de ondas. Tenho visto tudo a partir de casa. Se Deus quiser, daqui a umas semanas já estou na água. Mal posso esperar para voltar ao trabalho, experimentar pranchas e preparar o meu ano."
Ano esse em que o objetivo primordial passa pela requalificação para a divisão a máxima do surf mundial. Tudo começa a partir de junho próximo nos antípodas, mais concretamente na Austrália, com a abertura do circuito Challenger Series.
Não estivéssemos nós na Nazaré, Frederico Morais falou igualmente sobre o seu batismo nas ondas grandes, precisamente na Praia do Norte, cortesia de Nic von Rupp, que foi um dos vencedores do evento. Estreia no tow-in que ocorreu ainda antes da lesão contraída.
As sensações não poderiam ter sido melhores: "Foi uma experiência viciante. Saí daqui com vontade de fazer e surfar mais. Fiquei com o bichinho para trabalhar um bocado este lado das ondas grandes. Também vim bem acompanhado, com o Nicolau. Estava um dia parecido com este do campeonato."
Por último, Frederico Morais abordou a notícia do regresso à competição do velho conhecido Vasco Ribeiro após castigo por falhar controlos antidoping.
“Foi uma surpresa para mim. O Vasco continua um ótimo surfista e espero que mais do que resultados, que aproveite. Desfrutar e divertir-se é o mais importante", entende.
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