Na temporada de ondas grandes de 2023/2024, realizou-se a segunda edição do Mercedes-Benz Nazaré Winter Sessions Awards, concurso de vídeo e fotografia sobre o Canhão da Nazaré e destinado a profissionais, amadores e estudantes da arte.
Na categoria Mercedes-Benz | Nazaré vídeo, João Mestre foi um dos vencedores, tendo arrecadado o terceiro prémio, correspondente a 250 euros.
Em entrevista, o videógrafo dá-se a conhecer um pouco melhor, fala-nos sobre o trabalho premiado, toda a ligação que possui à Nazaré, entre outros tópicos.
Beachcam (BC) - Como é que nasceu a paixão pelo vídeo?
João Mestre (JM) - Sempre fui ligado às câmaras. Eu era aquele jovem que documentava tudo com uma handycam: férias em família, brincadeiras na rua, viagens de carro.
BC - A ligação que tens ao vídeo é profissional ou lazer?
JM - Começou como lazer. Hoje é profissional. Estudei cinema e comunicação e desenvolvi muitos projetos autorais. Filmei um documentário na China, em 2017. Três filmes em Itália, em 2018. Tudo isto deu-me bases, mas não era suficiente. Com o mundo em rápida mudança, tive (e tenho) de aprender novas formas de tornar o vídeo um recurso interessante para quem trabalha comigo.
BC - Como é que descobriste as ondas grandes da Praia do Norte?
JM - Através de vídeos no YouTube e, mais tarde, nas notícias. Ainda as GoPro eram uma novidade quando encontro um canal dedicado a filmagens submersas, com milhões de visualizações, na Praia do Norte.
BC - Que melhor recordação guardas da Nazaré?
JM - São tantas. Adoro sair à procura do desconhecido. Na primeira edição, eu e o meu amigo Emanuel passámos o dia a reunir imagens sobre a vila e acabámos no Monte de São Bartolomeu. Fomos sempre muito bem recebidos. Cada canto da Nazaré é único. As pessoas são afáveis, partilham do mesmo espírito. Gosto disso e levo estas experiências comigo.
BC - O que significa o Canhão da Nazaré para ti?
JM - Significa ondas grandes, memórias e alguns riscos.
BC - Em todas estas temporadas, consegues quantificar o número máximo de horas que já tiveste a filmar na Nazaré?
JM - Seguidas? 12. Totais? 45 horas.
BC - Durante o inverno, estás toda a temporada na Nazaré ou apenas viajas antes da chegada de um novo swell?
JM - Gostava de poder ficar, no mínimo, duas semanas. Gostava de fazer um documentário sobre a Nazaré, as suas gentes, o que as move. Neste momento, viajo antes de um novo swell ou quando sei que tenho condições para filmar.
BC - O que te levou a participar no concurso Nazaré Winter Sessions Awards?
JM - Acima de tudo, a experiência de partir à aventura com uns amigos com muita vontade de imortalizar histórias.
BC - Qual é a história que está por detrás do vídeo premiado?
JM - Nesta edição tentei explorar a ideia que a Nazaré é um porto de abrigo para aqueles que por cá passam. A Nazaré é para todos e de todos.
BC - Qual a importância deste tipo de iniciativas?
JM - Acho fantástico. Não só para trazer mais riqueza ao surf e ao município, mas para dar oportunidade a criadores de mostrarem e aprimorarem a sua arte.
BC - O que ainda te falta filmar na Nazaré?
JM - As ondas. Mas não vistas da areia.
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