Esta sexta-feira, a Islândia concedeu autorização para que dois dos seus baleeiros possam prosseguir a caça à baleia nos próximos cinco anos, prática polémica em que só tem a companhia da Noruega e do Japão.
A detenção no fim de julho, na Gronelândia, do ambientalista canadiano-americano Paul Watson colocou esta prática em destaque, que é objeto de uma moratória desde 1986, mas que é contestada por estes três estados, que matam anualmente cerca de 1200 baleias, segundo a Comissão Baleeira Internacional (CBI).
Na Islândia, a autorização permite a caça anual de 426 animais por época, de meados de junho a setembro, anunciou o governo, que está demissionário, depois de ter perdido as eleições legislativas no passado sábado.
Em 2023, o país tinha suspendido a caça à baleia durante dois meses após inquérito governamental que apurou que os métodos empregues desrespeitavam as leis sobre o bem-estar animal.
No inquérito realizado, apurou-se que os arpões explosivos utilizados pelos caçadores causavam aos animais agonias de várias horas.
As associações ecologistas insurgiram-se face a esta decisão tomada por um governo que supostamente estava reduzido à gestão corrente.
Durante muito dependente da pesca e da caça à baleia, a economia islandesa conta agora muito mais com a indústria turística, onde as excursões de observação dos cetáceos gigantes têm registado muito sucesso.
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