Pela segundo ano consecutivo, a Ericeira constituiu-se para a australiana Sally Fitzgibbons o paraíso da requalificação para o circuito mundial de surf.
Nas direitas de Ribeira d'Ilhas, a simpática Sally voltou a ser feliz, sendo que desta vez até foi a dobrar, uma vez que acrescentou a inédita vitória na etapa portuguesa do circuito Challenger Series, onde estão em jogo vagas de acesso à elite mundial do surf.
Fitzgibbons tem novamente lugar à mesa do CT feminino, onde na última década e meia foi uma das surfistas mais influentes. Por três vezes consecutivas (!) foi vice-campeã do mundo de surf.
Aos 33 anos, a 'aussie' ainda mantém o sonho de alcançar o tão desejado título mundial, curiosamente no Mundial ISA é recordista com quatro coroas. Porém, os últimos anos de Sally têm sido bem diferentes face ao que estava habituada e nos habituou.
A experiente surfista australiana não tem estado envolvida na luta pelo título mundial, mas sim pela sobrevivência ao cut, o que não tem conseguido desde que este foi implementado em 2022.
Nas últimas três campanhas, a antiga campeã mundial Júnior da WSL ficou sempre abaixo do polémico corte. Se em 2022 ainda foi salva por um wildcard, já em 2023 e 2024 não teve outra solução do que procurar a requalificação via Challenger Series.
Quando alguns poderiam pensar que a despromoção poderia ser o dínamo do adeus de Sally Fitzgibbons aos palcos mais grandiosos do surf mundial, nada mais errado.
Com um enorme paixão ao surf e à competição, Sally apresentou-se ultra motivada para obter a requalificação desde o primeiro instante, quer em 2023 e em 2024.
Sempre com fome de mais e mais, pese embora enfrentar jovens valores emergentes, que cada vez mais têm desafiado e até ocupado o lugar das veteranas.
"Estão muito feliz com a chegada desta nova geração. São tão ferozes no free surf, o que dá ainda mais vontade de vencer quando nos encontramos num heat", confidenciou após a final do Ericeira Pro.
Final essa onde Fitzgibbons, de 33 anos, defrontou uma surfista duas décadas mais nova, a prodígio francesa Tya Zebrowski, de 13 anos.
Um verdadeiro exemplo de devoção à modalidade que não deixa ninguém indiferente, por parte de uma grande senhora do surf mundial, sempre com um sorriso na face.
Não é por acaso que durante o duelo das meias-finais com a germânica Noah Klapp, a também australiana Isabella Nichols definiu a compatriota como a "eterna grom". Na mouche, Bella!
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