Na manhã desta terça-feira foi apresentado o estudo de impacto sócio-económico dos eventos de surf de Peniche e da Nazaré realizados em 2024 no país.
A apresentação decorreu na sede da Oeste CIM (Comunidade Intermunicipal do Oeste), nas Caldas da Rainha, tendo contado com a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Francisco Spínola, diretor da World Surf League (WSL) para a Europa, África e Médio Oriente, e diferentes líderes autárquicos da região Oeste.
O trabalho do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), que tem como autor Diogo Melo, estudante de mestrado, foi apresentado por Francisco Spínola, tendo revelado que ambos os dois eventos internacionais geraram 23 milhões de euros de receitas (20 milhões para Peniche e 3 milhões para a Nazaré).
Do estudo elaborado ficaram de fora dos dados relativos ao EDP Ericeira Pro, etapa portuguesa do circuito Challenger Series e que foi realizada no início do presente mês de outubro. Estes dados serão adicionados mais tarde ao trabalho apresentado.
A 'fatia de leão' das receitas são relativas ao consumo de mercadorias e serviços durante as estadias para observar os eventos, com os espetadores de Peniche a gastarem 13,3 milhões de euros e os fãs da Nazaré 1,7 milhões (num único dia).
No que toca a Peniche, o alojamento movimentou 4,5 milhões de euros, o transporte 2,5 milhões de euros e a alimentação 2,8 milhões de euros, enquanto 3,5 milhões de euros são provenientes de outros setores de atividade, num total de 13,3 milhões de euros.
Já na Nazaré, o transporte gerou 671 mil euros, a alimentação 592 mil euros, o alojamento 567 mil euros e os outros 601 mil euros, num total de 1,7 milhões de euros.
Quanto às despesas de organização das provas, a etapa de Peniche ascendeu a 3,5 milhões de euros e a da Nazaré a 800 mil euros.
Segundo o estudo apresentado hoje na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, e que contou com a presença de vários responsáveis, entre os quais o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o impacto direto (volume de negócios) em Peniche foi de 16,5 milhões de euros, a que se somam 3,4 milhões de euros do impacto indireto e induzido, perfazendo o total superior a 20 milhões de euros.
Quanto ao campeonato da Nazaré, o impacto direto calculado foi de 2,5 milhões de euros e o impacto indireto e induzido de 520 mil euros, num total acima de três milhões de euros.
Em ambos os casos não foi contabilizado o valor despendido pelos patrocinadores do evento, nem contemplados os impactos económicos relativos à imagem em consequência da exposição mediática (comunicação social escrita, rádio, televisão e internet).
Sobre a última rubrica, o estudo aponta para um montante de 46 milhões de euros relacionado com a prova de Peniche e de quase nove milhões de euros com o evento da Nazaré.
A estimativa da receita fiscal gerada pelos eventos foi de seis milhões de euros em Peniche e de 900 mil euros na Nazaré.
Destes montantes, a receita fiscal direta gerada pelos eventos foi de 595 mil euros em Peniche (320 mil euros relativos a IVA Custos Operacionais e 275 mil euros de retenção na fonte referente a prémios), e de 110,1 mil euros na Nazaré (85,1 mil euros de IVA Custos Operacionais e 25 mil euros de retenção na fonte referente a prémios).
Foram ainda divulgados os números de espetadores de ambas as provas, que rondaram os 120 mil em Supertubos (acumulado de 1,4 milhões desde 2009) e os 25 mil na praia do Norte (acumulado de 150 mil desde 2017).
Em Peniche, 36,5% dos visitantes foram estrangeiros, enquanto que a percentagem subiu para 69,5% na Nazaré.
No que toca à origem dos visitantes estrangeiros, os brasileiros lideram em ambas as provas, seguidos por alemães, espanhóis, franceses e norte-americanos em Peniche, e por norte-americanos, espanhóis, franceses e polacos na Nazaré.
Inglaterra, Países Baixos, Austrália, Itália e Canadá também figuram entre os países de origem de parte significativa dos visitantes.
O estudo, cuja responsabilidade da recolha e tratamento de dados é da WSL, e que tem por base 1.500 questionários, um erro na amostra de 3% e um nível de confiança de 95%, mostra que a maioria dos espetadores têm entre 18 e 44 anos, e que 94% tem estudos académicos.
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