Antes do início da prova de surf dos Jogos Olímpicos de Paris'2024, já era sabido que a competição iria consagrar um novo campeão olímpico por força da ausência do brasileiro Italo Ferreira, vencedor em Tóquio'2020, que não conseguiu a qualificação.
Agora, já é certo que a mesma situação também irá ocorrer no setor feminino. É a consequência de eliminação de Carissa Moore nos quartos-de-final do evento que desenrola-se na onda de Teahupoo, no Taiti.
Com a saída de cena da consagrada surfista ficou também assegurado que nenhum surfista medalhado nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 vai repetir a proeza nos Jogos da 33ª Olimpíada.
Numa jornada com o mar muito complicado nas águas do Oceano Pacífico, a oferta de tubos foi bastante reduzida, a campeã em Tóquio'2020 foi derrotada pela francesa Johanne Defay, que estreou-se nas meias-finais de uma competição olímpica.
Desta forma, Johanne colocou um ponto final na carreira da lendária Carissa Moore.
A cinco vezes campeã mundial de surf já tinha anunciado que Teahupoo seria a derradeira competição da carreira, depois de se ter retirado do circuito mundial após a etapa inaugural do ano em Pipeline, no Havai, fazendo ainda a etapa do Taiti, como wildcard, naquele que foi um treino para as Olimpíadas.
Na passada quinta-feira, Defay teve um dia em cheio no sofrível mar de Teahupoo, pois antes já tinha afastado a compatriota e grande favorita Vahine Fierro, que não se deu bem com a falta de tubos na arena em que recentemente venceu o Tahiti Pro como wildcard.
Nas meias-finais, Johanne Defay vai medir forças com outra surfista norte-americana de renome, no caso a vigente campeã mundial Caroline Marks. A competidora de 22 anos repete o feito de Tóquio'2020 em que também atingiu esta fase.
A outra meia-final junta a costarriquenha Brisa Hennessy, a surfista que eliminou a portuguesa Yolanda Hopkins na ronda 3, e a brasileira Tatiana Weston-Webb, responsável pelo afastamento de Caitlin Simmers, atual líder do ranking mundial.
Quanto à prova masculina, não houve azo a surpresas nos quartos-de-final. No duelo 100% brasileiro, Gabriel Medina não deu hipóteses e superiorizou-se ao compatriota João Chianca, marcando encontro nas meias-finais com o australiano Jack Robinson, que derrotou o também 'aussie' Ethan Ewing.
Esta bateria muito aguardada será a reedição da final do Tahiti Pro de 2023, onde 'Robbo' bateu Gabes e assegurou o seu bilhete olímpico, obrigando o três vezes campeão do mundo de surf a obter a qualificação para Paris'2024 via Mundial ISA de Porto Rico, no qual arrecadou o título mundial.
O outro duelo irá opor o local Kauli Vaast e o surpreendente Alonso Correa, ambos estreantes nas Olimpíadas.
Kauli assegurou lugar nas 'meias' após bater o compatriota Joan Duru, que retirou-se da competição na sequência desta eliminação. Duru que na ronda tinha registado a melhor pontuação combinada de um surfista numa prova olímpica, com 18,13 pts.
Já Alonso Correa, que nunca tinha competido em Teahupoo, ofereceu ao surf peruano o primeiro diploma olímpico da sua história.
O goofy de 26 anos está a fazer história. O acesso às meias-finais foi obtido às custas da japonês Reo Inaba, carrasco do bicampeão mundial Filipe Toledo.
Esta sexta-feira, poderá ser o dia das finais em Teahupoo, ainda que a previsão aponte para uma descida do tamanho do mar na famosa onda de consequência taitiana.
A chamada está marcada para as 16h45 (hora de Portugal continental).
Meias-finais masculinas
H1: Alonso Correa (PER) x Kauli Vaast (FRA)
H2: Gabriel Medina (BRA) x Jack Robinson (AUS)
Meias-finais femininas
H1: Caroline Marks (EUA) x Johanne Defay (FRA)
H2: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Brisa Hennessy (CRC)
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